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POLÍCIA
Quarta - 11 de Julho de 2018 às 11:49
Por: Rayane Alves, do Gazeta Digital

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Chico Ferreira

A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) apreendeu na terça-feira (10) cheques e anotações em nome de João Arcanjo Ribeiro Filho e da ex-esposa dele Silvia Chirata Arcanjo Ribeiro.

As apreensões foram feitas na casa do suspeito Marcelo Gomes Honorato, que era acusado de usar máquinas de cartão de crédito para aplicar golpes. Porém, a GCCO descobriu que o local e as máquinas eram do 'jogo do bicho.

Ao todo, 3 pontos de apostas do jogo foram fechados e outras 48 máquinas que faziam as apostas eletronicamente e 3 homens foram detidos pela exploração ilegal. Eles prestaram depoimentos ao delegado Luiz Henrique Damasceno e foram liberados.

O delegado explicou que a central de apostas foi descoberta por causa de uma denúncia sobre clonagem de cartões de crédito que era realizada no Centro da Capital. Mas, na apuração foi constatada a casa de apostas.

Marcus Vaillant

“Ao ser abordado o suspeito afirmou que no local funcionava um escritório do jogo do bicho e apontou diversas máquinas de apostas”, afirmou Damasceno. Entre os locais utilizados para fazer a apostas estava uma lanchonete e duas casas, sendo uma delas utilizadas como escritório.

Conforme informações do boletim de ocorrência, foram apreendidos: uma carteira com cartões de bancos, envelope com recibos extratos do banco, dinheiro em moeda nacional, notebook, cheques preenchidos e pastas com documentos.

Luiz Henrique explicou que atualmente os jogos do bicho foram informatizados, de forma que as apostas são realizadas através de máquinas como as utilizadas para passar cartão de crédito. “O jogo do bicho é feito através de uma maquininha eletrônica, deu uma avançada em relação aos últimos anos. Ainda não sabemos se as máquinas têm o sistema alterado ou se são fornecidas já com essa finalidade, mas tudo isso é objeto de investigação”, explica.

No Brasil o jogo do bicho, assim como outros jogos de azar, é proibido. A prática é considerada crime, conforme a Lei de Contravenções Penais.

Em Mato Grosso, o jogo do bicho era chefiado por João Arcanjo Ribeiro durante décadas até sua prisão em 2003. Hoje o ex-bicheiro cumpre pena por diferentes crimes em regime semi-aberto após 15 anos de prisão. Ele, inclusive, conseguiu permissão para voltar a trabalhar e atua em empresas de sua família, na administração de estacionamentos.





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