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GERAL
Domingo - 30 de Junho de 2019 às 16:35
Por: Redação TA c/ Assessoria

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O Projeto de Lei (PL 114/2019), que versa sobre a revisão dos incentivos fiscais a empresas que atuam em Mato Grosso, encaminhado na semana passada a Assembleia Legislativa, tem mobilizado empresários através de entidades representativas de todo o Estado, que estão preocupados com as mudanças que podem ser extremamente prejudiciais para o setor e principalmente para o cidadão, que pagará a conta final.

A diretoria da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL/MT), por exemplo, tem buscando discutir o assunto a todo momento, tentando encontrar soluções para o problema e para o caos que se transformará o Estado caso o PL seja aprovado. “O nosso empresário mato-grossense não pode mais uma vez pagar a conta do Estado que está em uma péssima situação financeira e querem achar a solução quebrando de vez o setor empresarial de Mato Grosso, que já paga taxas altíssimas para conseguir se manter. Nós não iremos aceitar e lutaremos até o fim em prol do nosso varejo mato-grossense, que gera emprego e renda para o cidadão sustentar sua família”, disse o presidente da federação das CDL’s, Ozair Bezerra.

Na última sexta-feira (28.06), por exemplo, a entidade convocou uma reunião com diversos setores no sentido de ouvi-los e unir forças nas conversações com o governo e Assembléia Legislativa. Entre as entidades que se fizeram presentes, estavam representantes da Fecomércio, Sincon, Aprosoja, Acomac, Sincofarma, Acrimat, AMPA, Famato, Abrasel, Sincalco e Associação de Contadores da Baixada Cuiabana.

Hoje a Federação recebeu manifestações de empresários e representantes de entidades também comentaram sobre o projeto de lei. O presidente do Sindicato das Farmácias (Sincofarma), Hamilton Teixeira, afirmou que “O nosso setor irá reduzir os descontos repassado aos pacientes /clientes, com isso o valor dos medicamentos irá se elevar , considerando este fato irá ocorrer menor adesão aos tratamentos ( doenças crônicas ) e com isso os PA , UPAs , Pronto Socorro e hospitais poderão ter um aumento de pacientes. Devido a não terem como adquirir os medicamentos”.

Já para o presidente do Sindicato Confecções e Tecidos de MT, Roberto Peron, declarou que “somos contra a proposta de lei complementar apresentada, que não traz avanço, aumenta o imposto para todos, além disso, para as empresas do simples não fica claro como de fato vai ser, pois temos dois modelos de cobrança do ICMS- normal e ST, e as alíquotas são diferentes e não está definido como irá devolver o ICM do estoque, sem contar que muda uma rotina de 15 anos, simples e segura, foi um trabalho enorme para chegar até aqui, por que mudar, só para satisfazer alguém ou grupo de servidor público”.

De acordo com o presidente da CDL Sorriso, Paulo Alcionir Silvestre, “mensalmente o Governo pública o relatório financeiro, é um rombo atrás do outro, e não tem nada de cortes, e agora quer aumentar a arrecadação, tem que melhorar a despesa não a receita”.

Da mesma forma se manifestou o empresário do ramo de combustíveis de Primavera do Leste, João Luiz Kruger. “É um absurdo. A sociedade não suporta mais a incapacidade de gestão dos governos. Produzir impostos ao invés de gerar saúde, segurança e educação. Nem o básico conseguem fazer. E aí se apegam na incapacidade de não poder fazer o básico para sacrificar a população. Chega, ninguém suporta mais pagar tanto e receber quase nada”, disse ele, acrescentado ainda, que “não queremos novos projetos. Queremos simplificação e que nos deixe trabalhar e gerar empregos. É o mínimo que os deputados por obrigação devem fazer. Vetar todo e qualquer aumento de impostos, cobrar e cobrar capacidade de gestão do governo”.

Para o empresário da capital Geraldo Prado, o PL também é um absurdo. “Para reinstituir os benefícios basta um Decreto. São Paulo fez assim, por Decreto, e lá o Secretário de Fazenda é o Henrique Meirelles, que era Ministro quando fizeram essa Lei dos Incentivos. Eles tiveram que fazer a Lei porque eles querem aumentar impostos. Os Deputados estão entrando na conversa deles e não é pouco aumento, é muito. Vai aumentar combustível, carne, remédio, material de construção. Do jeito que vai é melhor fechar as lojas e ficar vendendo pela Internet”.

Por fim, o vice-presidente da Federação das CDLs de MT, David Pintor, disse que “o projeto não pode ser aprovado do jeito que está, pois, o impacto que haverá em todos os setores vai ser negativo, onde o governo acha que irá aumentar a arrecadação, mas com o aumento o poder de compra do consumidor irá diminuir e ele terá que priorizar onde gastar ou consumir. A longo prazo se o cliente não compra a empresa demite funcionários porque ela tem que cortar despesas. Creio que o melhor no momento é o governo aprovar as reinstituições e depois discutir com todos os setores uma reforma tributária”.





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