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POLÍCIA
Quarta - 17 de Agosto de 2016 às 13:15
Por: Redação TA c/ Gcom - MT

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Foto: Divulgação
A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) descobriu que a quadrilha que roubou R$ 500 mil da agência do Banco do Brasil do Distrito Industrial, em Cuiabá, pretendia cometer um assalto na modalidade “sapatinho”, quando funcionários do banco e seus familiares são sequestrados para facilitar a invasão de agências sem chamar atenção. O assalto ocorreu no dia 1º de abril deste ano.

A informação surgiu depois da prisão de dois membros da quadrilha, composta por seis integrantes, no final do mês de junho, e da prisão do mentor intelectual do roubo, Jorge Marcelo Souza Nazário, 35 anos, na última sexta-feira (12.08), no bairro CPA, em Cuiabá. Outros dois membros presos são Jairo Garcia Boa Sorte, ex-vigilante do banco, e o ex-policial militar, Uesdra de Souza.

O assaltante Jorge Marcelo Souza Nazário já é velho conhecido do GCCO. Ele foi preso em 2012 por explosão de caixas eletrônicos de uma agência do município de Alta Floresta.

O suspeito responde processos criminais nas comarcas de Barra do Garças, Alta Floresta, Cuiabá e Várzea Grande, além de possuir extensa ficha criminal por incorrer em crimes como lesão corporal, ameaça, formação de quadrilha, furto qualificado, roubo qualificado entre outros.

De acordo com as investigações do GCCO, um dia antes do roubo, 31 de março, a quadrilha tentou sequestrar a tesoureira da agência, monitorando sua casa. No entanto, ela não foi encontrada. Durante a vigilância, os bandidos tiraram fotos do marido da bancária deixando o filho na escola e depois da mãe lavando a calçada. Eles usaram as fotografias para intimidar a tesoureira. “Isso também aparece nas imagens do circuito de segurança”, afirma o delegado titular do GCCO, Flávio Henrique Stringueta.

 

No dia do roubo, antes da abertura da agência para o público, três bandidos entraram na banco depois de receberem o controle reserva da porta giratória do banco, repassado pelo vigilante Jairo Garcia.

Um dos assaltantes usava roupa semelhante à farda da Polícia Militar e com ajuda do vigilante facilitou a entrada dos bandidos. Outro membro da quadrilha vestia roupa social e portava um crachá de identificação, para se passar por funcionário do banco.

Do lado de fora permaneceu Uesdra e também Jorge Marcelo Souza, no apoio logístico a fuga dos comparsas. “No dia ele (Jorge) estava nas proximidades do banco em um veículo”, disse o delegado.

Conforme o delegado, Uesdra em determinado momento aparece nas câmeras de segurança do banco, na área do autoatendimento da agência, simulando usar os caixas eletrônicos. As imagens também mostram outro suspeito, armado, indo direto à sala do cofre do banco e lá obriga a funcionária a abrir o equipamento, retirar o malote e sair.

O falso policial militar é visto nas imagens ao lado do vigilante.O vigilante, Jairo Garcia Boa Sorte, quando preso, confessou que iria receber R$ 15 mil da quadrilha, dinheiro este que não lhe foi repassado, segundo o interrogatório.

Os três membros da quadrilha estão indiciados por roubo majorado. Outros membros estão identificados. O inquérito policial é presidido pelo delegado Diogo Santana.





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