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POLÍCIA
Quinta - 16 de Abril de 2020 às 00:35
Por: Redação TA c/ PJC-MT

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 Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A Polícia Civil, por meio da Gerência de Combate a Crimes de Alta Tecnologia (Gecat), em parceria com o Conselho Regional de Química da 16ª Região, alerta sobre os riscos da produção artesanal de álcool em gel mostrada em um vídeo que está circulando via aplicativo de mensagens (WhatsApp) ensinando a 'receita'.

De acordo com a presidente do Conselho Regional de Química, Suzana Aparecida da Silva, o vídeo mostra uma forma totalmente equivocada de preparação do álcool em gel, demonstrando ser um procedimento simples e eficaz, fato que não é verdadeiro.

A manipulação do álcool tem riscos, uma vez que o produto é extremamente inflamável, podendo provocar acidentes graves como queimaduras. Outro fator relevante é que a eficácia sobre o coronavírus é para o produto cujo teor alcoólico é 70%, sendo que qualquer graduação diferente desta é ineficaz contra o vírus.

O teor alcoólico precisa passar por controle de qualidade, sendo assegurado que esteja a 70%, para garantia da eficácia do produto.

“Neste momento de pandemia do novo coronavírus (Covid-19), em que um produto necessário começa a faltar no mercado, a sociedade passa a aceitar receitas caseiras para resolver situações individuais. A manipulação caseira, como no caso desse vídeo, além de ser extremamente equivocada, não tem fundamentos técnicos e científicos”, disse a especialista.

O delegado da Gecat, Eduardo Botelho, ressalta que a produção artesanal, sem autorização legal, de um produto com fim terapêutico ou medicinal, pode configurar a prática do crime previsto no artigo 273, do Código Penal. A Gecat solicitará ao aplicativo de mensagens WhatsApp a exclusão imediata do vídeo das redes sociais, com o fim de evitar maiores riscos à sociedade.

“Além do crime em si, a produção de forma caseira coloca em risco a vida da pessoa que faz a fabricação artesanal e também das pessoas que tenham contato direto ou indireto o produto. Essa prática é proibida pelo Código penal, e o responsável deve responder criminalmente”, reforçou o delegado.





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