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POLÍCIA
Quinta - 10 de Dezembro de 2020 às 00:52
Por: Pablo Rodrigo, Gazeta Digital

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Reprodução/Facebook
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Em nota emitida, o deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) esclarece sobre a operação deflagrada pela Polícia Federal.

Para o Ministério Público Federal (MPF), o deputado estadual Ondonir Bortolini, o Nininho (PSD), e seu irmão, o prefeito de Itiquira, Humberto Bortolini (PSD), seriam os "coordenadores" da suposta organização criminosa que fraudavas licitação em vários municípios do Estado de Mato Grosso. Ao todo, o esquema teria desviado mais de R$ 3 milhões para benefício de políticos, empresários e agentes públicos.

A informação conta na decisão que desencadeou a Operação "Chapéu de Palha", da Polícia Federal nesta quarta-feira (9). "Conclui a representação, apontando os investigados por grupos de atuação no seguinte sentido: na coordenação da atividade delitiva estariam os irmãos Ondanir Bortolini, deputado Estadual por Mato Grosso e, Humberto Bortolini, prefeito do município de Itiquira", diz trecho da decisão do desembargador federal Olindo Menezes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

Leia também - MPF pediu prisão dos alvos da Operação Chapeu de Palha

Segundo o MPF, as construtoras contratadas paras as diversas obras nas cidades repassaram para prefeitos, vereadores, secretários, engenheiros fiscais de obras, familiares de Nininho, além de terem realizado "movimentações bancárias suspeitas entre deputados estaduais e servidores".

"A análise dos dados bancários permitiu identificar, até o momento, pelo menos 493 transações financeiras suspeitas no valor total de R$ 3.607.578,11 que indicam se tratar de vantagens indevidas para agentes públicos e terceiros a eles vinculados e transações financeiras entre os alvos primários do presente trabalho, sinalizando ocorrência de conlulos, acertos, subcontratações indevidas e outras irregularidades", completa o Ministério Público Federal.

Ainda de acordo com as investigações, o grupo "gerencial" da organização criminosa era composto Marco Antônio Souza Fonseca, engenheiro responsável pela Construtora Pirâmide e Construir Construtora, e que já teria ocupado o cargo de superintendente de Parceria Regionais da secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra) por indicação de Ninhinho. Os pais de Marco Antônio também teriam atuado neste núcleo.

Já o grupo operacional teria como membros os empresários Paulo Rocha dos Santos (Construtora Pirâmide), Ivaldo de Freitas (Construtora Rocha), e Uashington Paum Neto de Assunção (UP Projetos e Construções). Os demais deputados citados nas investigações: Romoaldo Júnior (MDB), Dilmar Dal Bosco (DEM) e o ex-deputado Mauro Savi, e seus assessores seriam "grupo acessório".

Já os servidores e agentes públicos dos municípios e do Estado, além de "laranjas e familiares dos envolvidos" foram classificados como "grupo de execução".

Outro lado

O deputado estadual Nininho negou qualquer envolvimento no esquema e disse não possuir qualquer contato com os empresários envolvidos. Ele se diz tranquilo e provará o seu não envolvimento no esquema.

Já o deputado estadual Dilmar Dal Bosco nega qualquer envolvimento no esquema. Romoaldo Júnior e Mauro Savi não foram localizados para comentar, assim como os proprietários das empresas alvos da operação.

Leia a nota na íntegra

O Deputado Estadual Dilmar Dal Bosco, do Democratas, juntamente com
seu advogado, Dr. André Albuquerque, vem a publico manifestar, através
desta Nota, sobre a operação da Polícia Federal, deflagrada na manha
desta quarta-feira, dia nove de dezembro de 2020, conforme o que segue
abaixo:


1- Trata-se de um Processo que corre em segredo de justiça, no
Tribunal Regional Federal (TRF-1) por envolver acusados que
possuem foro privilegiado, razão pela qual, não se pode dar
detalhes sobre pessoas ou envolvimento destas, neste processo.


2- Vale dizer que o Deputado Estadual Dilmar Dal Bosco não é réu, não
é indiciado e nem tão pouco investigado, apenas, foi alvo de busca e
apreensão de documentos em sua residência particular, na cidade
de Sinop-MT, na tentativa de encontrar documentos que poderiam
ligar o Parlamentar ter qualquer relação com os acusados. Porém,
nada fora encontrado que conclua tal ligação do Parlamentar aos
envolvidos.


3- Ao contrario do que vem sendo noticiado pela mídia, o Gabinete do
Deputado Dilmar Dal Bosco, na Assembleia Legislativa de Mato
Grosso, não foi, em momento algum, alvo de busca e apreensão.
Sequer, houve visita de qualquer policial federal ou outros.


4- Sendo assim, a defesa irá buscar informações junto ao Processo
Judicial, para saber quais foram as razões que levaram a tamanha
exposição desnecessária para com o Parlamentar, além de outras
medidas que entender serem necessárias.





URL Fonte: http://toquedealerta.com.br/noticia/42606/visualizar/