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POLÍTICA
Segunda - 14 de Dezembro de 2015 às 10:48
Por: Da Redação TA/Com Assessoria

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 Em abril de 2016, pela primeira vez Mato Grosso será sede das reuniões da Zona de Integração do Centro Oeste Sul-Americano (Zicosur), bloco que reúne seis países da América Latina (Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai e Peru) e que traça estratégias de fortalecimento econômico e ambiental dos estados e províncias que participam do grupo. A decisão de que Cuiabá sediará a reunião de autoridades do 3º Encontro de Áreas Protegidas da Zicosur e também das comissões técnicas que a integram foi aprovada no Chile durante a última reunião do bloco. 

De acordo com a assessora de Assuntos Internacionais do Gabinete de Governo, Ariana Guedes de Oliveira, a vinda da Zicosur foi estrategicamente definida para ocorrer no mesmo período da Feira Internacional de Turismo do Pantanal (FIT) 2016. A proposta é reunir em um mesmo período autoridades governamentais e líderes empresariais para estreitar as relações e também criar formas de alavancar o turismo e a economia dos seis países presentes no bloco.

Na área de turismo, entre os assuntos que serão discutidos durante as reuniões das comissões técnicas do Zicosur, está a elaboração de um mapa de atrativos turísticos dos estados (MT, MS e SC) participantes da Zona de Integração e de um portal que permita não só divulgar como também vender os pacotes turísticos presentes no mapa. “Além disso, será discutida a implementação de quatro rotas turísticas, que interligarão nosso Estado aos países vizinhos do Chile, Bolívia e Argentina”, comenta a assessora de Assuntos Internacionais. 

Entre as rotas propostas está uma interligando o deserto do Atacama (Calama/Chile), as montanhas nos arredores das Cordilheiras dos Andes (Salta/Argentina), Santa Cruz de La Sierra (Bolívia) e finalizando no Pantanal de Mato Grosso. Outra alternativa do bloco é criar uma rota turística de observação de pássaros, unindo o Parque dos Flamingos (Chile), o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, o Pantanal mato-grossense e o Parque do Cristalino, na cidade de Alta Floresta. A terceira via turística presente em debate na comissão de turismo envolve o deserto de sal (Uyuni/Bolívia), Chapada dos Guimarães e os lagos cristalinos do município de Nobres. E por ultimo, a quarta rota envolveria as cidades peruanas de Lima, Arequipa, Cusco, e as cidades de Boa Vista (RR), Porto Velho (RO) e Cuiabá. 

“Para todas essas rotas turísticas existirem é necessária a internacionalização do aeroporto Marechal Rondon, criando voo direto a Santa Cruz de La Sierra. Sobre esse assunto estamos avançando e definindo quais os trâmites necessários para que esse voo volte a funcionar como ocorreu durante os jogos da Copa do Mundo de 2014”, explica Ariana Guedes.

Em Cuiabá, os integrantes da Zicosur irão retomar as discussões para criar uma nova forma de escoar a produção de Mato Grosso pelo oceano pacífico. Entre os assuntos que serão colocados em discussão está a ferrovia bioceânica, que tem o objetivo de cruzar o País saindo do Porto Açu (RJ), passando por Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Acre e chegando ao Oceano Pacífico pelo Peru. 

Há ainda em debate no bloco a proposta de pavimentar 300 km de estrada de terra, entre Cáceres a Santa Cruz de La Sierra. Para essa pavimentação em território boliviano o custo estimado é de R$ 400 milhões. Outra proposta é a modernização da ferrovia, que liga Antofagasta, no Chile, a Resistência, na Argentina. “Nessa opção haveria a necessidade de estruturar o Porto de Morrinhos, em Cáceres, e assim podermos utilizar a hidrovia Paraguai-Paraná”.

Paralelo as reuniões de comissões de turismo e infraestrutura, a de indústria e comércio irão discutir a implementação de um fluxo de comércio entre os estados brasileiros que integram o Zicosur (MT, MS e SC) e os países da Ásia e do Pacífico.





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