Secretário de segurança de MT disse que Polícia Civil ficou 6 meses sem munição
O secretário de Estado de Segurança Pública, Mauro Zaque, revelou que o delegado-geral da Polícia Judiciária Civil, Adriano Peralta, encontrou a instituição "completamente sucateada", quando assumiu o cargo, no dia 2 de janeiro de 2015.
Entre os principais problemas da PJC , um era a falta de munições.Conforme o secretário, não tinha nenhum carregamento na instituição para os policiais trabalharem.
“Se não fosse a Polícia Militar, nós teríamos que dar estilingue para os policiais civis atuarem no dia a dia”, afirmou Zaque. Adriano Peralta contou que o estoque zero rendeu uma representação do dos investigadores do Estado à Polícia Civil.
“Houve uma troca de tiros em Rondonópolis [215 km ao Sul de Cuiabá], e os policiais voltaram à delegacia para repor as munições, mas não tinha nada. Por conta disso, o sindicato entrou com uma ação contra a instituição na Justiça. E com todo direito”, disse.
Conforme Peralta, essa grave situação perdurou durante um mês.“Tivemos que emprestar as munições da Polícia Militar para que os trabalhos da Polícia Civil não fossem paralisados”, completou.
O delegado-geral afirmou que, hoje, esse cenário é totalmente diferente. A instituição ganhou novos armamentos, munições e coletes.
“Essa informação era sigilosa, mas, agora podemos revelar, porque não passamos mais por isso”, disse.
Desafios
O secretário Mauro Zaque disse que esse episódio negativo foi apenas um, entre tantos outros encontrados na Segurança Pública, pela atual gestão.
“Tínhamos problemas de efetivo, nas estruturas das delegacias e, principalmente, no orçamento. Mas, essas situações já estão regularizadas e prevemos muito mais melhorias para 2016”, afirmou.
O orçamento previsto para 2015 era de R$ 80 milhões, mas o governador Pedro Taques, conforme Zaque, assegurou R$ 200 milhões.
Para o ano que vem, está previsto um orçamento de R$ 240 milhões.
De acordo com o secretário, até o final de 2015, o Governo de Mato Grosso irá colocar nas ruas cerca de 2,6 mil novos policiais militares e civis e soldados do Corpo de Bombeiros, oriundos do último concurso público realizado pelo Estado para a área da Segurança.