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MEIO AMBIENTE
Quarta - 09 de Dezembro de 2015 às 11:04
Por: Da Redação TA c/ Assessoria

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 O governador Pedro Taques ressaltou, durante a Convenção do Clima (COP 21), em Paris, que o desenvolvimento ambiental passa pela inclusão e pela melhoria da qualidade de vida do pequeno produtor. Em Mato Grosso, que é reconhecido por ser um grande produtor nacional de commodities, o desafio é promover a inclusão de cerca de 100 mil famílias da agricultura familiar, que detêm cerca de 6 milhões de hectares de terras com índice abaixo de 5% de aproveitamento do seu potencial produtivo.

Taques participou do painel ‘Estados líderes no desenvolvimento rural de baixo carbono nas áreas rurais da Amazônia’, que contou com a presença da ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e de importantes as organizações da sociedade civil, como o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Instituto Centro de Vida (ICV), Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e EDF (Environmental Defense Fund).

“Está geração tem muita responsabilidade com as gerações futuras. Mas é preciso garantir que a população viva bem. Temos a preocupação de conservar nossa floresta, aumentar a produção usando áreas já abertas e também fazer a inclusão social do pequeno produtor, para que trabalhe de forma sustentável e tenha uma boa renda”, explicou o governador de Mato Grosso, que é um dos estados brasileiros em destaque na COP 21.

Taques explicou que o produtor rural, sem informação e sem assistência técnica, também contribui com o desmatamento, daí surge a necessidade de fazer a inclusão social, evitando a abertura desnecessária e ilegal de novas áreas. “Mato Grosso tem 15 municípios com o maior PIB (Produto Interno Bruto) do país, mas, os demais 126 estão em uma condição de desenvolvimento econômico e social precário, falta inclusão social, sobretudo na região amazônica”.

O governador pontuou que a mudança no modelo de desenvolvimento econômico do Estado passa também por esse trabalho de educação ambiental no campo, com suporte aos pequenos para que possam produzir e ao mesmo tempo proteger o patrimônio ambiental, que é um bem durável. O terceiro eixo do programa ‘Produzir, conservar e incluir’ traz justamente essa visão social, que é uma novidade em Mato Grosso. “Nenhum país no mundo vive sem uma agricultura familiar forte, porque nós nos alimentamos da produção desse setor da economia, estou muito convencido que estamos dando um importante passo e na direção certa”, acrescentou.

Programa: Produzir, conservar e incluir

No terceiro eixo do programa de governo que visa acabar com o desmatamento ilegal até 2020 e implantar um novo modelo de desenvolvimento que em 15 anos para Mato Grosso, ‘incluir’ significa trabalhar a partir dos eixos: produção e inclusão no mercado e regularização fundiária. Para aumentar a produção da agricultura familiar, o Governo do Estado pretende ampliar o atendimento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) da agricultura familiar de 30%, para 100% das famílias até 2030; e aumentar a participação da agricultura familiar no mercado interno de 20%, para 70% até 2030. Como consequência, a perspectiva é de ampliação da participação dos produtos de agricultura familiar nos mercados institucionais de 15% para 30% até 2030; e aumento do acesso ao crédito de R$ 411 milhões para R$ 1,3 bilhão/ano nesse período.





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