Deputada dispara contra governo e diz que Ambulância é igual caviar, a gente só ouve falar

 A deputada Janaina Riva (PSD) declarou apoio a iniciativa do deputado Emanuel Pinheiro (PR) em obstruir a pauta de votação até que o Governo do Estado retome as negociações com os servidores do Detran, que estão em greve há mais de um mês. "Não tem outra forma, se o governo não quer o diálogo, a não ser trancarmos a pauta desta Casa e tentarmos da mesma forma que o governo do Estado está fazendo através de pressão, tentar minimizar os estragos desta greve”, declarou a parlamentar. 

Janaina anunciou que também irá obstruir a pauta e citou outros casos em que o Governo não tem mostrado o tratamento adequado ao parlamento. Ela citou o caso da compra de ambulâncias, em que a Assembleia doou R$ 20 milhões para a aquisição, que ainda não ocorreu, e o contingenciamento das emendas parlamentares. “Nós merecemos um pouco mais de respeito. Devolvemos R$ 20 milhões para aquisição de ambulâncias no estado e essas ambulâncias a gente até agora só ouviu falar. É igual a música do Zeca Pagodinho, é igual caviar, a gente só ouve falar”, assinalou. 

A parlamentar criticou a intransigência do Governo em, pelo menos, discutir os pleitos dos deputados e dos servidores públicos. “Essa questão da ambulância é uma vergonha pra essa casa, a questão do Detran  que a única coisa que eles querem é uma reunião e o governo não se propõe a sequer recebê-los, e eu não sei qual a complicação que o governo está vendo em resolver isso, me parece  falta de vontade", disparou.

Com relação às emendas Janaina explica que foram contingenciadas sem ao menos que uma reunião fosse feita com os parlamentares para explicar o que houve. "Nem o líder do governo estava sabendo disso. Como fica a nossa palavra? Nós deputados, chamamos os prefeitos aqui, pedimos a eles os projetos, fazemos um compromisso e depois o governo vem e contingencia todas emendas sem sequer comunicar os deputados? Nós já estamos cansados desse patrolamento aqui dentro do Legislativo, não dá mais para ficar dessa forma.  Se a gente aceitar isso e viver de cabeça baixa essa situação vai se repetir no ano que vem, no ano seguinte e daí eu não vejo necessidade para ter uma Assembleia Legislativa se for para trabalhar nessas condições", finalizou.