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Sexta - 01 de Abril de 2022 às 15:50
Por: Redação TA c/ Fátima Lessa, Assessoria

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Foto: Sintect-MT
Foto: Sintect-MT

Os 23 carteiros de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, ocupam desde às 9 horas desta sexta-feira, 1º de abril, o Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) dos Correios, região central.

A decisão de ocupar o CDD acontece depois de três audiências de conciliação intermediada pelo Tribunal Regional de Trabalho de Mato Grosso, 45 dias de tentativa de negociação com a gestão e 17 dias de greve dos carteiros de bicicleta. Agora a Unidade está parada.

A partir da segunda-feira, a gestão será realizada pelos próprios grevistas. O departamento jurídico do Sindicato dos trabalhadores nos Correios em Mato Grosso (Sintect-MT) entra hoje com uma ação de dissidio coletivo de greve.

A partir da segunda-feira os próprios carteiros farão a gestão da Unidade e entregarão as encomendas. “As pessoas podem vir buscar que nós estaremos fazendo as entregas”, disse o sindicalista Luciano Gomes.

A greve dos carteiros da Unidade teve início depois que o gerente decidiu retirar sete carteiros de bicicleta da entrega de cartas nas casas e colocar para serviço interno. As correspondências simples estavam e estão acumuladas.

Correspondência simples como extrato do FGTS, senha do google, faturas que são enviados como carta simples estão todas lá estocadas, vencidas. São milhares. Eles tratam como refugo, mas na verdade foram correspondências que foram pagas pela sociedade e que não estão sendo entregues.

A interrupção do serviço com bicicleta faz parte do chamado projeto de padronização do processo produtivo, que traz sob o discurso de “revitalização” cortes orçamentários, o sucateamento da empresa e precarização no atendimento aos usuários dos serviços postais.

Durante as três audiências no TRT os Correios não apresentaram nenhuma proposta nova. Mantiveram o afastamento dos setes carteiros. E na primeira audiência disse que havia a opção de envia/transferir os sete para o interior. Na segunda audiência, o desembargador apresentou a proposta para que a empresa custeie as cartas habilitações de moto e carro para os carteiros que foram retirados da entrega externa e que fosse concluído em três meses. A gerência não aceitou. “Os trabalhadores aceitaram porque a preocupação deles é entregar as cartas para a população de Várzea Grande”, disse o advogado Alexandre Aragão.

A retirada dos carteiros do serviço de entrega provocou uma sobrecarga dos carteiros que usam motos. Antes, esses saiam de moto e percorriam entre 35 a 40 quilômetros por dia atualmente estão percorrendo no mínimo 80 quilômetros por dia. Antes saiam com 90 encomendas agora saem com 240 e chega na maioria dos casos a 300 encomendas para um só carteiro entregar. “Isso é impraticável”, enfatiza Aragão.

Estão parados 23 carteiros, sendo os sete da bicicleta impedidos de sair para fazer a entrega; os 13 motoqueiros que estão com sobrecarga e outros três internos.





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