Polícia Federal deflagra Operação Fake News em Mato Grosso
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta sexta-feira (14), a Operação Fake News em Cuiabá e Várzea Grande, com o objetivo de combater crimes eleitorais e contra a honra, praticados durante as eleições de 2022 contra o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes.
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Núcleo Regional Eleitoral das Garantias I, do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT). A investigação apurou que um grupo de pessoas produziu e disseminou vídeos com informações falsas e caluniosas com o intuito de influenciar o pleito eleitoral.
Na operação, a PF apreendeu celulares e outros elementos que podem contribuir com as investigações. Um dos alvos foi o bispo Gustavo Duarte, atual secretário de Assistência Social de Várzea Grande, que classificou a ação como "perseguição" por parte do governador e da primeira-dama, Virgínia Mendes.
Declaração do Bispo Gustavo Duarte
Foto:Allan Mesquita
Na porta da sede da PF, Gustavo Duarte alegou que a investigação teria motivação política. Segundo ele, o vídeo que supostamente motivou a operação circula há mais de dois anos e se trata de um questionamento sobre o uso de um avião para uma curta viagem ao Lago do Manso. Ele ainda citou que a imprensa também questionou, na época, outra viagem aérea do governador para um evento da JBL.
Duarte negou que tenha sido preso por desacato, afirmando que compareceu à PF em seu próprio veículo, acompanhado de sua advogada. No entanto, a Polícia Federal confirmou que um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi lavrado contra ele por desacato a uma delegada. Segundo o bispo, os policiais teriam entrado em sua casa de forma truculenta, com armas em punho, e apreenderam os celulares dele e de sua esposa.
Investigação
De acordo com a PF, a Operação Fake News visa desarticular um esquema de propagação de desinformação com o intuito de influenciar o eleitorado. Os investigados podem responder por crimes eleitorais e contra a honra, conforme previsto na legislação brasileira. O material apreendido será analisado para identificar a extensão da rede de disseminação de fake news.
As investigações continuam e novas diligências não estão descartadas.