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POLÍTICA
Quarta - 21 de Outubro de 2015 às 14:48
Por: Da Redação TA c/ Assessoria

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 O polêmico substitutivo integral apresentado pelo deputado Dilmar Dal Bosco (DEM) ao Projeto de Lei 189/2014, de autoria do ex-parlamentar Walter Rabelo, que  permite a venda e comercialização de bebidas alcoólicas em estádios e arenas desportivas localizados em  Mato Grosso, será debatido em audiência pública. O debate que reunirá os principais dirigentes esportivos do estado, acontecerá no  dia 16 de novembro, às 14h30,  no auditório Milton Figueredo, na Assembleia Legislativa.

De acordo com Dilmar, o objetivo da reunião é confrontar os torcedores e dirigentes esportivos que clamam pela volta das bebidas como meio para atrair o público mato-grossense, com as correntes contrárias à liberação, que temem o aumento da violência e a rivalidade entre as torcidas.  

A apresentação pública da matéria, ainda segundo Dilmar, poderá influenciar favoravelmente na opinião de outros parlamentares e dar mais celeridade à sua aprovação, para que a legalização ocorra até o início de 2016.

“Atualmente os estádios de Mato Grosso encontram-se abandonados, com menos público do que jogos amadores, onde a bebida é liberada, o que é um absurdo, se levarmos em conta o investimento realizado na infraestrutura das arenas. Vivi os anos de ouro do futebol mato-grossense e sei que aqui não há violência entre torcidas. As pessoas mal-intencionadas existem e, mesmo com a proibição, bebem no entorno e chegam às partidas absolutamente alcoolizadas”, alertou Dilmar.

Em defesa da liberação, Dilmar ressalta que grande parte dos clubes do estado passa por dificuldades para adimplir com todas as suas despesas, não se mostrando razoável a continuidade de uma medida que impede que estes possam incrementar sua renda com os contratos provenientes da venda de bebidas alcoólicas fermentadas.

Ele também sustenta que o impedimento da comercialização de bebidas alcoólicas em estádios e arenas gera aos clubes esportivos de pequeno porte grande perda, tendo em vista que o lucro gerado pela venda da ‘cervejinha’ poderia ser acrescido à arrecadação  das equipes, cujos mandantes da partida ficam responsáveis pela operação do bares.  

“Não queremos incentivar o consumo de bebidas alcoólicas, pelo contrário, queremos proporcionar aos pais de famílias que assistem aos jogos em barzinhos ou mesmo em suas casas, tomando aquela cervejinha, possam ir aos estádios, desfrutar dessas infraestruturas belíssimas, a exemplo da Arena Pantanal, mas que são subutilizadas. Quanto à volta para casa, vale a regra federal: se beber não dirija, use o motorista da vez ou combine um rodízio com os filhos ou a esposa”, defendeu Dal Bosco.

O substitutivo apresentado pelo democrata permite a venda e o consumo de bebidas alcoólicas antes, durante o intervalo e até 30 minutos após o término da partida. Dilmar ressalta que a cerveja será servida em copos ou garrafas plásticas, com teor alcoólico, no caso de cervejas industrializadas ou artesanais, de até 14%. Em camarotes e áreas VIP, o consumo será livre. A proibição da cerveja nos estádios brasileiros ocorreu em 2010, com a implementação do Estatuto do Torcedor.





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