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POLÍTICA
Quarta - 07 de Outubro de 2015 às 09:39
Por: Gazeta Digital

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 Depois de ficar sumido por uma semana para se livrar da notificação da Câmara de Vereadores de Santo Antônio do Leverger que cassou seu mandato, o prefeito Valdir Ribeiro (PT) decidiu procurar auxílio junto à Associação Mato-grossense dos Prefeitos (AMM). A instituição divulgou uma nota com a posição do petista que contesta o Legislativo Municipal de Leverger sobre a cassação.

Ele teve o mandato cassado no dia 28 de setembro como desfecho de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada mediante denúncias de que o gestor vinha sonegando sistematicamente informações ao Legislativo sobre gastos de recursos públicos, o município de 18 mil habitantes está sem comando e vive uma situação atípica onde moradores e vereadores afirmam que o caos foi instalado. Autor da denúncia, o vereador Adelmar Genésio Gálio (Pros) afirma que foram 132 requerimentos aprovados pela Câmara pedindo informações ao gestor desde fevereiro de 2014 até abril deste ano, mas que foram ignorados.

Agora, ao se manifestar por meio da assessoria de imprensa da AMM, Valdir Ribeiro informou que já recorreu ao Judiciário para tentar anular a cassação e voltar ao cargo. Ele aguarda uma decisão judicial no caso. Vale lembrar que ele foi afastado no dia 18 de agosto e conseguiu liminar 3 dias depois permanecendo no cargo. No entanto, o Ministério Público Estadual agora se manifestou na ação e emitiu parece favorável ao afastamento pois entende que o gestor foi deviamente notificado de todos os atos da CPI. 

Na nota, Valdir afirmou que nunca deixou de atender as solicitações do Poder Legislativo e alega que disponibilizou aos vereadores o acesso a todas as informações e documentos da prefeitura. “Desde o início de meu mandato tenho me pautado no cumprimento da Lei Orgânica e em toda a legislação da administração pública. Não vejo motivo tão relevante para a tomada de uma medida extrema, que foi a cassação de meu mandato outorgado por mais de 55% da população do município”. 

Segundo ele, chegaram na prefeitura de uma só vez, 125 requerimentos enviado pela Câmara, para serem respondidos em 10 dias. Ele frisou que há um prazo regimental e não havia tempo hábil e nem funcionários suficientes para responder todos os requerimentos. “Enviei um ofício para a Câmara justificando a situação e coloquei todos os dados do setor contábil á disposição dos vereadores”, garantiu.

O petista, que é brigado com o próprio vice-prefeito  Valdir Pereira de Castro Filho (Pros)  diz que trata-se de uma ação política, orquestrada há muito tempo com o vice-prefeito  para tirar o seu mandato. “A população sabe que tenho conduzido o mandato a mim confiado sem me submeter a interesses que não representam aos anseios da municipalidade”, sustenta. 

Ele também nega ser o responsável pelo caos que se instalou na cidade após sua cassação. O Legislativo não deu posse ao vice-prefeito porque não conseguia localizar Ribeiro e precisava respeitar o prazo de 3 dias úteis para publicar no Diário Oficial de Contas do Município o decreto legislativo com a cassação no mandato do gestor. Caso publicasse de forma precipitada abriria brecha para a assessoria jurídica do petista contestar e anular a cassação. 

“A responsabilidade pela vacância do cargo de prefeito é exclusiva do presidente da Câmara, que se manteve inerte. “Um verdadeiro ato de irresponsabilidade com a população. Desde o dia em que fui notificado, aguardei com tranquilidade em casa a decisão de medidas judiciais interpostas. Portanto não sou um foragido como estão divulgando. Confio na justiça e na coerência da população de Santo Antônio de Leverger”, alega Valdir Ribeiro.





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