Toque de Alerta - toquedealerta.com.br
POLÍTICA
Terça - 29 de Setembro de 2015 às 15:30
Por: Da Redação TA c/ Assessoria

    Imprimir


 A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das obras da Copa do Mundo de 2014, ouviu hoje (29), mais três convidados: Pedro Jamil Nadaf, Franciele Leão e Luiz Antônio Pagot. Eles foram questionados sobre o histórico e a formatação dos cadernos de encargos para a primeira etapa do processo de escolha de Cuiabá para ser uma das subsedes do Mundial de 2014.

À época, antes de Cuiabá ser definida como uma das 12 subsedes da Copa do Mundo, Pedro Nadaf respondia pela Secretaria de Estado de Turismo. Ele disse à CPI que não participou das escolhas para as obras de mobilidade urbana entre Cuiabá e Várzea Grande, bem como a construção da Arena Pantanal.

“Estive no Rio de Janeiro para apresentar um vídeo mostrando o potencial econômico e turístico de Mato Grosso aos representantes da FIFA. Não participei de outras decisões relativas à Copa do Mundo. Ajudei, posteriormente, na organização da Copa, já em 2014. na recepção de autoridades, mas na condição de secretário-chefe da Casa Civil”, afirmou Nadaf.

Questionado pelo deputado Wagner Ramos (PR) se sabia sobre os valores financeiros investidos nas obras da Copa do Mundo e se teve participação na mudança do modal de transporte BRT para o VLT, Nadaf foi taxativo e disse que não participou das decisões. “Não fazia mais parte do governo”.

A depoente Franciele Leão, à época lotada na Casa Civil, afirmou que foi a responsável pela elaboração do vídeo de sete minutos apresentado pelo governo estadual aos representantes da FIFA, no Rio de Janeiro, em 2007. Naquele ano, foi realizado um seminário onde os estados brasileiros apresentaram suas propostas de candidatas a subsede dos jogos.

Segundo Leão, o vídeo mostrava as possíveis obras de mobilidade urbana, bem como as melhorias necessárias para o trânsito entre o Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, e a Arena Pantanal, em Cuiabá.

Na condição de testemunha, Luiz Antônio Pagot, secretário de Educação no governo Blairo Maggi (PR), afirmou que foi voluntário e trabalhou para trazer a Copa do Mundo para Cuiabá. “Fomos técnicos. Foi feito um vídeo de sete minutos que mostrava as potencialidades de Cuiabá para ser uma das 12 subsedes. Mas logo saí do governo e fui nomeado diretor do DNIT”, explicou Pagot.

Ele ainda afirmou aos parlamentares que não participou de nenhum cargo oficial dentro da estrutura do governo para a Copa do Mundo. Já no DNIT, foi responsável pela liberação de recursos financeiros para melhorar o sistema viário da Avenida Perimetral (Avenida Miguel Sutil). Esses recursos foram viabilizados, segundo Pagot, porque a Aprosoja, a Famato e a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão – AMPA patrocinaram o projeto para melhorar a infraestrutura de mobilidade da via.

Questionado pelo deputado Wagner Ramos se houve a criação de um fundo de arrecadação financeiro específico para as obras da Copa do Mundo, Pagot o descartou. “Não tive conhecimento”.

 

Já sobre as paralisações das obras em Cuiabá e Várzea Gande, o ex-secretário disse que não acompanhou a execução das planilhas tanto da Arena Pantanal e do VLT. “Fui contra os dois modais, VLT e BRT. A minha voz destoava de todos. Quando soube do resultado dos pregões, fiquei temeroso, porque as empresas não tinham condições técnicas para executar as obras”, afirmou Pagot.

Ele disse ainda que o projeto do VLT foi desprezado e que até hoje (29), as 32 estações necessárias para alimentar os vagões com energia elétrica não existem. “O governo pecou na execução da obra, porque recursos financeiros existiam”, questionou Pagot.       

Nesta quarta-feira (30), as oitivas continuam a partir das 14 horas, no auditório Milton Figueiredo. Os ouvidos serão Pedro Shinohara, que à época era secretário de Esportes do município de Cuiabá. Outro convidado é o ex-secretário-adjunto de Infraestrutura do Estado, Jean Nunes.

 

A CPI deliberou pela convocação do ex-deputado Carlos Brito, Agripino Bonilha Filho, Djalma Sabo Mendes Júnior e Yênes Magalhães. Todos eram ex-diretores da Agecopa.  





URL Fonte: http://toquedealerta.com.br/noticia/5806/visualizar/