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POLÍTICA
Sexta - 11 de Setembro de 2015 às 11:19
Por: Diario de Cuiabá

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 O projeto de lei que garante aos parlamentares a troca de legenda sem a perda do mandato eletivo foi aprovado pela Câmara Federal na noite da última quarta-feira (09). A medida foi avalizada por todos os deputados federais de Mato Grosso.

Ela beneficiará principalmente os vereadores, tendo em vista a eleição municipal do próximo ano. Desta forma, os interessados em mudar de partido poderão migrar de sigla entre 1º a 30 de abril do próximo ano, ou seja, seis meses antes da eleição.

A Casa de Leis manteve a proposta original encaminhada pelo Senado Federal referente à abertura da janela de 30 dias para troca de legenda dos políticos com mandato eletivo.

Em contrapartida, rejeitou a permanência do prazo mínimo de um ano antes das eleições para a filiação. Este prazo caiu para seis meses.

Diante disso, o mês de abril de 2016 será destinado tanto para aqueles que já possuem mandato e querem migrar de legenda para disputar a reeleição ou um novo cargo, tanto para os que pretendem disputar a eleição. O projeto segue para a sanção da presidente Dilma Rousseff (PT). Ela tem prazo de 15 dias úteis para decidir pela sanção ou veto integral ou parcial, do texto. Com esse prazo, as novas regras poderão valer já para as eleições municipais do ano que vem.

Mesmo antes da aprovação, a medida já estava provocando um corre-corre entre aqueles que desejam aproveitar a janela para poderem trocar de partidos sem serem atingidos pela regra da fidelidade partidária.

Na capital, por exemplo, 13 dos 25 vereadores que compõem o Parlamento Cuiabano avaliam a possibilidade de mudar de partido.

Os motivos são variáveis como a justificativa de falta de espaço para concorrer o pleito do ano que vem, bem como falta de estrutura partidária e até mesmo o desejo de costurar alianças com caciques políticos partidários. O PDT, por exemplo, deve perder toda a sua bancada de vereadores. Adevair Cabral e Renivaldo Nascimento já afirmaram que aguarda a abertura da janela para seguir o governador Pedro Taques e se filiarem ao PSDB.

Incomodado com a postura governista do PTB à gestão do prefeito Mauro Mendes (PSB), o vereador Dilemário Alencar está de malas prontas para o PMDB, pois acredita que numa nova legenda pode ter mais êxito em seu projeto de reeleição.

Com o esvaziamento do PR devido à iminente saída do senador Blairo Maggi para o PMDB, o vereador Chico 2000 tem sido assediado para ingressar no PSB e PMDB. O parlamentar tem avaliado com cautela essa possibilidade.

Líder do governo no Parlamento, o vereador Leonardo Oliveira tem afunilado a ligação com o vice-governador Carlos Fávaro (PP), principal articulador do PL no Estado.

A bancada do recém-formado Solidariedade (SD) também sofrerá revés. Conforme apurado nos bastidores, o vereador Wilson Kero-Kero planeja se filiar ao nanico PSL para disputar à reeleição em 2016.

O vereador Paulo Araújo, que herdou mandato com a cassação de João Emanuel, planeja deixar o PSD para se filiar ao PP. A bancada do PSDB formada pelos médicos Ricardo Saad e Maurélio Ribeiro e a vereadora Lueci Ramos, por sua vez, segue inalterada. O mesmo ocorre com o PT representado por Allan Kardec e Arilson da Silva.

A mudança partidária também é descartada pelos vereadores Oséas Machado (PSC), Adilson Levante (PSB), Faissal Calil (PSB), Haroldo Kuzai (SD) e o presidente do Legislativo, Júlio Pinheiro (PTB).

Ainda mantém conversa nos bastidores para avaliar a possibilidade de mudança de partido os vereadores Lilo Pinheiro (PRP), Marcrean dos Santos (PRTB), Onofre Junior (PSB), Néviton Fagundes (PTB) e Toninho de Souza (PSD).





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