De acordo com o deputado, a equipe trabalhará em cima da elaboração de um programa de natureza socio familiar, visando a evasão escolar e um melhor desempenho escolar do aluno
Deputado debate com professores a presença de psicólogos e assistentes sociais nas escolas
De acordo com Dilmar, a equipe trabalhará em cima da elaboração de um programa de natureza sociofamiliar, visando a prevenção da evasão escolar e a melhoria do desempenho do aluno, através de visitas domiciliares com o objetivo de ampliar o conhecimento acerca da realidade desse estudante, possibilitando assistí-lo adequadamente.
“O cotidiano escolar enfrenta complexas questões sociais que o conhecimento pedagógico não consegue enfrentar sozinho, necessitando de outros saberes como o do assistente social e do psicólogo, por isso a necessidade destes profissionais dentro da escola”, defendeu Dilmar.
A proposta foi bem recepcionada pela comunidade escolar. Na avaliação de Eduardo Benedito da Conceição, diretor da Colégio Manoel Cavalcante Proença, no bairro Tijucal, a unidades de educação pública clamam pela presença desses profissionais, afirmando que os coordenadores pedagógicos tentam assumir esse papel, mas não possuem capacitação adequada.
O posicionamento do professor Arão Ormond não é diferente, ele defende o trabalho social dentro da escola afim de que crianças em situação de risco social não sejam atraídos pela criminalidade. “Dirigi, por algum tempo, a Escola Menino do Futuro, que funciona dentro do Complexo Pomeri. O tratamento dispensado aos menores infratores ali dentro é para presidiário, não existe trabalho de reintegração. Por isso, acredito que devemos trabalhar na prevenção dentro das salas de aula”, afirmou o Arão, que atualmente é diretor da escola Mariana Luzia Monteiro, no bairro Tijucal, que sofre com a presença de traficantes em seu entorno.
A proposta de um serviço social nas escolas terá, dentre suas diversas atribuições, atuar de maneira educativa, crítica e reflexiva, desenvolvendo ações voltadas para os alunos e seus familiares, considerando a realidade socioeconômica e cultural da comunidade onde vivem. Assim, muitos problemas poderão ser detectados, tais como a vulnerabilidade às substâncias ilícitas, atitudes e comportamentos violentos, fatores preocupantes nas unidades de educação brasileiras.
Dilmar ressalta ainda outro desafio à ser encarado pelos profissionais de Assistência Social e Psicologia trata-se da criação de uma moderna gestão escolar, pautada em princípios de descentralização e participação social. Esse propósito busca por meio da intersetorialidade, interligar organizações afins (Assistência Social, Educação, Segurança Publica, Saúde Pública e Conselhos), articulando as políticas públicas através do desenvolvimento de ações conjuntas destinadas à proteção e promoção da família, vítima do processo de exclusão social, bem como conscientizar e instigar reflexões e debates sobre a inclusão dos alunos com deficiência, egressos das salas especiais, visando transformar o espaço escolar numa via que garanta os direitos sociais dos educandos.
Os debates acerca da elaboração do projeto de lei serão retomados no mês de agosto, com data ainda a confirmar. O tema também é objeto de estudo na Câmara Federal, através do Projeto de Lei 3688/2000, conhecido como PL Educação, de autoria do deputado José Carlos Elias (PTB/ES).