Em seis meses, 436 motoristas foram autuados por embriaguez em Cuiabá
Segundo a Sesp, no mesmo período foram presos 49 motoristas. As blitzes são realizadas a cada 15 dias em uma estrutura montada em conjunto com diversas instituições, como Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal.
A intenção dessas operações, na avaliação do secretário-executivo do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), Heverton Mourett de Oliveira, é educar os motoristas sobre os perigos de se dirigir sob efeito de álcool.
“A sociedade deveria cumprir as leis, mas infelizmente existem pessoas que experimentam burlá-las. As operações têm dado resultado e queremos ampliá-las para o interior [de Mato Grosso]. A expectativa é ampliar esses trabalhos com a chegada de novos equipamentos e com a manutenção de outros [etilômetros]”, disse o secretário-adjunto.
Em seis meses 35 veículos foram apreendidos e 117 carteiras de habilitação foram recolhidas. No total dessas operações, 363 motoristas foram submetidos aos testes de alcoolemia.
“A operação tem um viés educativo. As pessoas têm que entender que se dirigirem um veículo sob efeito de álcool podem colocar em risco elas mesmas e também outras pessoas”, ponderou Mourett. A maior parte das ocorrências nessas operações ocorreu no período do Carnaval.
Em todo o ano de 2014 foram feitas mais de 1,5 mil infrações, 215 prisões de motoristas embriagados, além de recolhimento de 401 carteiras de habilitação. O número de testes de alcoolemia não foi contabilizado, segundo Mourett.
Etilômetros
Conforme a Sesp, Mato Grosso tem atualmente 116 etilômetros. Estão em processo de aferição 81 etilômetros da PM e 18 da Polícia Civil. Enquanto esses 99 aparelhos estão em avalição, as duas instituições têm usado os que pertencem à PRF. A previsão, segundo a Sesp, é adquirir, ainda este ano, mais 10 novos etilômetros.
Lei Seca
As regras da Lei Seca consideram ato criminal quando o motorista é flagrado dirigindo com índice de álcool no sangue superior ao permitido pelo Código Brasileiro de Trânsito: 0,34 miligrama de álcool por litro de ar expelido ou 6 decigramas por litro de sangue.
Nesse caso, a pena é de detenção de 6 meses a 3 anos, multa e suspensão temporária da carteira de motorista ou proibição permanente de obter a habilitação.
Condutores autuados por esse tipo de infração pagam R$ 1.915,40 de multa, perdem 7 pontos na carteira e têm a CNH apreendida. O valor é dobrado caso o motorista tenha cometido a mesma infração nos 12 meses anteriores.
Se o bafômetro registrar um índice igual ou superior a 0,05 miligrama de álcool por litro de ar, mas abaixo do 0,34 permitido pelo Código de Trânsito, o condutor é punido apenas com multa.
No exame de sangue, o motorista será multado por qualquer concentração de álcool, e pode ser preso se tiver mais de 6 decigramas de álcool por litro de sangue.