Vereadores reivindicam construção de presídio e aumento de efetivo da PM para Vila Rica
Há pouco mais de um ano, o juiz Ivan Lúcio Amarante, da Comarca de Vila Rica, determinou que o Estado de Mato Grosso concluísse as obras de reforma no prazo de 90 dias, o que não aconteceu até hoje. Em razão disso, 23 detentos foram transferidos para o presídio de Água Boa.
Jair Luiz conta que Vila Rica tem apenas dez policiais, em regime de escala, e que o efetivo não corresponde a demanda, uma vez que o índice de violência na região, que concentra pelo menos 13 municípios, é considerável. Reclamou também que Vila rica tornou-se rota de fuga para traficantes. Segundo ele, “a entrada e saída de drogas é constante e sem qualquer tipo de repressão”.
“Nossa cidade está em situação vulnerável, à mercê de tudo o que não presta. É bandido que deveria estar na cadeia, mas circula tranquilamente pela cidade. É traficante que comercializa entorpecente, sem qualquer punição. Está insustentável essa situação e nós precisamos urgentemente de uma ação enérgica do Estado. Sozinhos a gente não consegue resolver essa problema crônico”, reclamou o vereador.
Maria Augusta também defende a disponibilidade de um efetivo de acordo com o que Vila Rica tem registrado atualmente. "A situação está insustentável, porém, não iremos permitir que essa onda de criminalidade ameace a nossa população que se sente acuada, desprotegida. Vila Rica, apesar dos seus pouco mais de 23 mil habitantes e estar 1.248 quilômetros de distancia da Capital, é uma terra produtora e que movimenta nossa economia local", argumenta.
Já o parlamentar, assegurou aos vereadores que o Estado deve apresentar uma solução urgente à cidade e evitar que o pior aconteça. “O caso de Vila Rica não é isolado, porém é preciso priorizar o que é urgente e, neste caso, não dá para cruzar os braços e ver uma população inteira, quase 25 mil pessoas, à mercê da marginalidade”, observou o parlamentar.
Reforma
Conforme informações repassadas pela gestão anterior da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), R$ 153 mil foram liberados para a obra e cerca de 27 mil já foram entregues, em forma de materiais de construção para a prefeitura, porém até agora não se sabe o que aconteceu com o recurso que deveria ser aplicado com a reforma da cadeia pública. O deputado Silvano Amaral já solicitou informações a respeito do destino do dinheiro.
No projeto de reforma, consta a construção de um muro de contenção no entorno da cadeia, obras na estrutura elétrica e hidráulica como a construção de uma nova fossa séptica. Um incêndio ocorrido em agosto de 2013 tornou ainda mais precário o que já era considerado insustentável.