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POLÍTICA
Terça - 28 de Abril de 2015 às 08:04
Por: Diário de Cuiabá

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 Com quase três meses desta nova legislatura, os deputados voltaram o foco para apurar irregularidades relacionadas à gestão passada, seguindo os rumos que têm sido tomados no Palácio Paiaguás, e instalaram três Comissões Parlamentares de Inquérito. Duas delas já estão em funcionamento e uma deverá ter os trabalhos iniciados ainda esta semana. 

As CPIs das Obras da Copa e a da Renúncia e Sonegação Fiscal já iniciaram os trabalhos e foram divididas em sub-relatorias para agilizar os trabalhos e dar mais eficiência. A expectativa é a acabar com a fama de que as CPIs “acabam em pizza”. Esta nova legislatura tenta amenizar o desgaste deixado pelas gestões anteriores do Parlamento que há 20 anos tinha o ex-deputado José Riva (PSD) sempre à frente da Mesa Diretora. 

O deputado Oscar Bezerra (PSB) preside a CPI das Obras da Copa e além de já ter convocado membros da atual gestão estadual para explicar as auditorias já realizadas pelo governo referente ao andamento das obras, principalmente a do Veículo Leve sobre Trilhos, um dos principais alvos da CPI, agora também já iniciou as oitivas com membros da gestão anterior. O primeiro a ser ouvido foi o ex-secretário de Estado Eder Moraes, que comandou a Secretaria Extraordinária da Copa no período em que ocorreu a mudança do modal de transporte de Bus Rapid Transit (BRT) para VLT. 

O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e o ex-secretário da Copa, Maurício Guimarães, também serão chamados, primeiramente, na condição de testemunhas. E Riva também comparecerá para prestar esclarecimento já que foi alvo de uma reportagem do Fantástico que o associa ao esquema de desvio de dinheiro referente à obra do VLT e ainda é chamado como “pai do VLT”. 

A CPI da Sonegação não ficou atrás e além de buscar ouvir o resultado dos relatórios da atual gestão também deverá ouvir políticos, os primeiros serão os que compuseram a CPI das Cooperativas, dentre eles, o ex-deputado Alexandre Cesar (PT), que presidiu os trabalhos, além de Riva e até mesmo o deputado Emanuel Pinheiro (PR), que agora briga para fazer parte da comissão. 

Já a CPI das OSSs, que irá apurar os contratos das Organizações Sociais que fazem a gestão em áreas da saúde pública do Estado e teve início no governo Silval Barbosa, foi oficializada na sexta-feira (24) e será presidida pelo deputado Leonardo Albuquerque (PDT), que é médico. O relator será José Domingos Fraga (PSD) e o vice-presidente, Saturnino Massom (PSDB). Também são membros Emanuel Pinheiro e Pedro Satélite (PSD). 

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) terá 180 dias para concluir os trabalhos e esta semana deve iniciar os trabalhos e a intenção é que sejam ouvidos representantes dos Sindicatos dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), dos servidores públicos da Saúde e do Meio Ambiente de Mato Grosso (Sisma-MT), Tribunal de Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública, entre outros. É possível também que ex-secretários sejam chamados para prestar esclarecimento sobre os contratos e valores pagos, pois há suspeita de pagamentos irregulares e superfaturados.

ALVOS

Os políticos ligados à gestão anterior ou até mesmo à legislatura passada em Mato Grosso estão na mira das Comissões Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa. Ironicamente, o ex-deputado José Riva (PSD), que por 20 anos comandou a Mesa Diretora e sempre teve forte influência política no Estado, agora deverá comparecer em pelo menos duas CPIs para prestar esclarecimentos. 

Riva já tem data marcada para ir à Assembleia depor na CPI das Obras da Copa. Dia 5 de maio ele deverá ser escoltado para prestar depoimento ainda na condição de testemunha. Ele é alvo da CPI devido à reportagem do Fantástico que o colocou no centro de um esquema de desvio referente à obra do VLT. Além disso, ele foi o grande defensor da mudança do modal de transporte de Bus Rapid Transit para o VLT. O ex-presidente da Assembleia já vem de sucessivas derrotas na Justiça e está preso desde 21 de fevereiro. Todas as tentativas da defesa para garantir a liberdade do social-democrata foram negadas. Além disso, ele responde a mais de 120 processos. 

Além de Riva, outro que está na mira dos deputados desta nova legislatura é o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) que irá no dia 2 de junho depor também na CPI da Copa. O peemedebista vem sofrendo um desgaste enorme pelas acusações feitas pela atual gestão do rombo deixado no caixa e outras denúncias que estão sendo apuradas pela Controladoria-Geral do Estado. 

Além deles, o ex-secretário de Estado Eder Moraes, que também está preso, já compareceu à Assembleia para prestar esclarecimento na CPI da Copa, já que comandou a Pasta no período em que houve a mudança do modal. Na CPI da Copa ainda é aguardada a ida do ex-secretário da Copa, Maurício Guimarães.

Já na CPI da Renúncia e Sonegação Fiscal a sub-relatoria ligada à Cooperativa deverá também levar José Riva a depor na Assembleia e já convocou o ex-deputado Alexandre Cesar (PT), que presidiu a CPI das Cooperativas no fim do ano passado. Além disso, é possível que a CPI da Sonegação, presidida por José Carlos do Pátio (SD), faça ainda uma acareação entre Riva e o deputado Emanuel Pinheiro (PR), devido à incompatibilidade de informações nos relatórios apresentados por ambos





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