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POLÍTICA
Quinta - 19 de Março de 2015 às 23:34
Por: Redação TA c/ Assessoria

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Deputado Pery Taborelli (PV)
Deputado Pery Taborelli (PV)
O Curso de Operações Especiais (COESP), de acordo com a Polícia Militar tem o objetivo de preparar os participantes para as mais variadas situações. O deputado Pery Taborelli (PV), questionou “qual o limite entre a capacitação e o desrespeito aos direitos humanos?”.

Para Taborelli o tratamento dado é degradante e fere a Constituição Federal. “O artigo 5° estabelece que ninguém deve ser submetido à tortura ou tratamento desumano ou degradante. Foi exatamente o que aconteceu com o Tenente Victor Marques e mais dois oficiais, no dia 09 de março durante uma pré-seletiva para compor o efetivo do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE). Marques continua internado na Unidade de Tratamento Intensiva (UTI), em estado grave, em uma unidade de saúde da capital. “Sou a favor de ministrar matérias humanas, como Direito, para tornar um policial mais qualificado. E não esse treinamento desumano”, destacou.

O deputado acredita que uma das hipóteses do mal súbito é de que a carga de exercícios que o oficial foi submetido é excessiva.

De acordo com informações da família, o oficial sofreu hipotermia, hipertensão, hipoglicemia e convulsões ao realizar esforços físicos durante o treinamento.

Durante discurso na tribuna da Assembleia Legislativa, o deputado Taborelli, chamou o comandante geral da Policia Militar, Zaqueu Barbosa, para a responsabilidade. “Comandante de quem é a culpa, de quem devemos cobrar a responsabilidade? Nossos policiais estão morrendo devido o tratamento desumano oferecido por nossos irmãos de arma. Já perdemos homens para criminosos, agora vamos perder dentro de nossas bases?”, questionou.

Pery ainda perguntou onde estava o comandante do BOPE, major José Nildo Silva de Oliveira, que permitiu a realização de exercícios excessivos pelos oficiais. “Até quando perderemos irmãos de arma em treinamentos como esse?”, indagou.

Segundo Taborelli os policiais da PM trabalham de maneira precária, sem estrutura e segurança. “Faltam efetivo, viaturas, armas, coletes a prova de bala e munição. E ainda assim trabalham com o pouco que tem e se dedicam a profissão”, reforçou.

O parlamentar finalizou pedindo providências ao comandante geral, e mais respeito com a vida dos PM e de seus familiares. “Nossos irmãos de arma merecem respeito. Queremos melhores condições de trabalho e segurança”, concluiu.

Taborelli ainda externou à família do tenente Marques, seus apreços e se colocou à disposição para ajudar no que for necessário.   





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