Deputado Federal de MT compõe CPI da Petrobrás e quer cautela com investigados do PP
Agora participante ativo das investigações, Ezequiel defende cautela em relação aos correligionários que aparecem na lista da Lava Jato anunciada pelo ministro do STF Teori Zavascki na última sexta (6). Dos 47 investigados, 32 são progressistas, dos quais, três senadores, 18 deputados e 11 ex-deputados.
Entre os ex-deputados acusados de receber propina da Petrobrás está mato-grossense Pedro Henry. Ele renunciou ao mandato em 2013 após condenação na ação penal do Mensalão e atualmente cumpre pena em regime aberto. "É necessário que a Justiça faça o papel dela, mas precisa ficar claro que não houve interferência política para incluir nomes na lista. Se tudo foi feito às claras, a Justiça precisa ser feita para quem merecer", declarou Ezequiel.
Para o progressista, a Justiça não pode ceder à pressão popular e se apressar em condenar os denunciados da Operação Lava Jato. Segundo Ezequiel, o Judiciário deve manter a tradição de seguir os trâmites legais e se manifestar somente quando definir com provas o que realmente aconteceu. "Tendo as provas, que a Justiça tome as providências. Não tem outra coisa a dizer. É preciso investigar como está sendo feito. Eu acredito na Justiça".
O PP é o partido com o maior número de investigados na Operação Lava Jato. Em segundo lugar aparece o PMDB, com seis. No PMDB são quatro senadores, dois deputados e um ex-parlamentar, a ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney (MA).O PT tem seis investigados: três senadores, dois deputados e um ex-deputado. PSDB e PTB,têm um investigado cada.
Além de Henry, outro mato-grossense incluído na lista é o ex-vereador por Cuiabá, Totó Parente. Ao pedir a abertura de inquérito contra o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), o procurador Rodrigo Janot entendeu haver um "conjunto suficiente de elementos a justificar a instauração de inquérito".
Em seu depoimento, Paulo Roberto Costa afirmou que Lindbergh solicitou a ele, em 2010, R$ 2 milhões para sua campanha a senador. Disse que o hoje senador esteve várias vezes na Petrobras para conversar com ele, e que o petista estava acompanhado do assessor José Antônio Silva Parente, de apelido "Totó Parente".