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POLÍTICA
Sexta - 13 de Fevereiro de 2015 às 11:45
Por: Hipernoticias

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 O Projeto do Estatuto da Família, que proíbe a adoção de crianças por casais gays e foi arquivado no final do ano passado, voltará à pauta da Câmara dos Deputados neste semestre.

Representante da bancada evangélica da Câmara Federal, o deputado Victório  Galli (PSC) disse que vai votar a favor do projeto, pois se votasse contra iria trair seus princípios e recorreu à Bíblia explicar seu voto.

“Deus criou o homem e a mulher e para formar um casal é necessário um de cada sexo. Pra mim não é casal dois homens ou duas mulheres. E está na Bíblia, em Genesis capítulo 1 versículo 27, que Deus fez o homem e a mulher para multiplicarem-se”, disse o deputado.

Segundo Galli, ele foi eleito por eleitores que seguem seus pensamentos de que a família é a tradicional, com homem e mulher. “Não tem condições de uma criança ser criada por dois pais ou duas mães. Qual definição de família ele terá? Uma criança ser adotada por gays vai contra a natureza”, afirmou o deputado.

O projeto que proíbe crianças de serem adotadas por gays é de autoria do pastor Ronaldo Fonseca (Pros-DF). Em dezembro do ano passado, os contrários ao projeto conseguiram adiar a apreciação na comissão especial do Estatuto da Família. Com o fim da legislatura no ano de 2014, o projeto foi arquivado. No parecer, o pastor defendia que casais de "mero afeto", como ele classifica as relações homoafetivas, não possam adotar crianças.

Contudo, o novo regimento interno da Casa permite que a matéria saia do arquivo e retome a tramitação de onde parou, ou seja, o Estatuto pode ser colocado direto em votação.

Por ter sido o relator no ano passado, Fonseca deve ser reconduzido à função. "Eu quero trabalhar o mais rápido possível, vou reivindicar a relatoria", adiantou o deputado brasiliense ao site Terra.

Victório Galli, a favor do projeto, disse que é contra crianças serem adotados por gays, mas disse estar aberto para o debate, para não tolher o direito de ninguém.

“Cada um tem seus direitos perante a constituição. Mas eu não vou contra a Bíblia. Lá não tem nada escrito que dois homens juntos formam um casal. Eu sei que vou ser bombardeado pelo comentário, mas estou aberto para o debate”, afirmou o deputado, que espera que o projeto seja aprovado o mais rápido possível. 





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