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POLÍCIA
Quarta - 11 de Fevereiro de 2015 às 16:46
Por: Da Redação TA c/ Assessoria

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 Há quase uma semana do início da paralisação dos escrivães da Polícia Civil, o Governo de Mato Grosso recusa-se a cumprir a lei que prevê a reestruturação salarial e outros benefícios da categoria. O acordo firmado ainda em 2014, com o então governador Silval Barbosa, está sendo ignorado pela atual administração, sob alegação de dificuldades financeiras.

Hoje (11/2), uma comissão do Sindicato dos Escrivães de Polícia Judiciária Civil (Sindepojuc-MT) esteve com o secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques. "Fomos recebidos pela primeira vez pelo secretário. Ele não apresentou nenhuma proposta ou acordo, mas disse que levaria nosso pedido ao governador e daria retorno ainda esta semana", afirmou a presidente do sindicato, Genima Evangelista.

A Lei Complementar 540/14 estabelece que além da reestruturação da carreira, os escrivães e investigadores deveriam receber o aumento de 5%, já a partir de janeiro deste ano, a correção de acordo com os índices da inflação em maio e outros 10% de aumento no mês de outubro.

Segundo Genima, antes de cruzar os braços, os escrivães tentaram negociar com o governo. "Fomos informados que o problema é financeiro, então pedimos que o Estado começasse a pagar em abril, quando já tivesse um fôlego financeiro. Mas infelizmente, nem essa proposta o Governo aceitou. A categoria não abre mão de receber o que é seu direito ainda este ano".

Para o deputado estadual Wancley Carvalho (PV), primeiro policial civil eleito para o Parlamento Estadual, a lei firmada com a categoria não pode ser descartada pelo atual governo. "Queremos o cumprimento do acordo. Uma lei não pode simplesmente ser ignorada. Mudam os governos, mas as leis em vigor permanecem", declarou.

O deputado afirma que mesmo tendo sido eleito como base aliada do governo, continuará do lado da categoria, pressionando o Executivo estadual. "É um desrespeito o que estão fazendo com os Policias Civis. Além de não dar condições de trabalho, estão negando o direito constitucional da reestruturação salarial, firmado em lei. A categoria está unida e exige o cumprimento da lei", disse.

Em todo o estado a mobilização atinge os 600 profissionais que atuam nas delegacias. Com isso, apenas 30% do efetivo está trabalhando em regime de escala, atendendo apenas as situações de flagrante ou cumprimento de medidas protetivas.

Investigadores

Diferente dos escrivães, os investigadores preferiram, em um primeiro momento, dialogar com o Governo ao invés de parar as atividades. A decisão foi tomada durante assembleia da categoria. Mesmo assim, caso não haja entendimento, a possibilidade de paralisação não é descartada. "A Secretaria de Administração (SAD) vai marcar uma reunião, em breve, para conversarmos sobre a situação das nossas reivindicações", afirmou o Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil  (Siagespoc-MT), Cledson Gonçalves.





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