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POLÍTICA
Terça - 10 de Fevereiro de 2015 às 15:42
Por: Gazeta Digital

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 O ex-secretário estadual Eder Moraes se desfiliou do PMDB na última sexta-feira (06). A informação foi confirmada pelo presidente da sigla, Clóvis Cardoso. O anúncio foi feito por telefone, logo após Éder protocolar o pedido de afastamento do partido. Ele é um dos acusados da Operação Ararath, deflagrada pela Polícia Federal no ano passado.

Segundo Cardoso, Éder justificou que devido a problemas pessoais ele decidiu se afastar do partido. “Ele ligou agradecendo o período em que esteve no partido e disse que resolveu cuidar dos problemas pessoais e deixar coisas secundárias de lado. Ele disse que está passando por um momento muito difícil e que não tem também intenção de se candidatar a nada nestas próximas eleições, militar na sigla ou nada parecido. Foi uma questão de consciência”.

Meses antes da PF deflagrar a Operação no qual Éder é acusado, o ex-secretário havia anunciado a pretensão de disputar o cargo de deputado estadual nestas últimas eleições. Embora Moraes tenha sido preso e apontado por diversos crimes, inclusive por desvio de dinheiro público, Cardoso disse que o partido sempre deu apoio a Moraes.

“O PMDB não tem tradição de expulsar filiados. O acusado tem direito a se defender até que se esgote o processo. No Brasil tem muito disso, mas respeitamos o princípio do contraditório. Ele foi apenas acusado. Tivemos casos piores durante a Ditadura Militar, filiados que se enquadraram na lei de segurança pública nacional, que foram julgados e torturados, e mesmo assim não foram expulsos”.

O presidente salientou que Éder é um ser humano que merece todo respeito, apesar das acusações. “O partido tem total respeito à dignidade dele, pois ele é um ser humano como qualquer outro. Então, merece isso da gente, apesar das acusações graves que foram feitas contra ele. Aqui no Brasil o processo é inverso, o acusado já é jogado na fogueira. Nós somos contra isso. Cabe aos tribunais avaliarem se ele é culpado ou não”.

Cardoso ainda disse que Éder não tinha intenção de voltar à vida pública. Mas, caso queira se filiar novamente terá que passar por um processo ético e disciplinar antes da confirmação. “Ele vai passar por um processo como qualquer outra pessoa, conforme rege o nosso estatuto. Nós temos regras internas que podem avaliar se a pessoa corre risco de ser impugnada, caso dispute um cargo. Tudo será avaliado e julgado normalmente”, finalizou.




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