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CIDADANIA
Sábado - 13 de Dezembro de 2014 às 07:49

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A segurança e a saúde dos cerca de 30 mil trabalhadores que estarão envolvidos nas obras preparatórias para as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, é a maior preocupação dos sindicatos que os representam. Este foi um dos temas de reunião ocorrida nos últimos dias 9 e 10, na cidade do Rio de Janeiro, para a construção de estratégia da Campanha pelo Trabalho Decente nas Olimpíadas.

Participaram cerca de 20 sindicatos filiados à Internacional da Construção e da Madeira (ICM), representantes da mesma no Brasil e América Latina, gestores da Fundacentro, instituto de pesquisa e formação ligado o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e do comitê local responsável pela organização das Olimpíadas.

Na pauta, a preparação do Rio de Janeiro para sediar o evento, a campanha pelo trabalho decente nas obras e a apresentação de uma pesquisa sobre os acidentes nas obras da Copa do Mundo de 2014, realizada pela Fundacentro e pela ICMA, que aponta a ocorrência de 16 mortes durante as obras da Copa, e não somente os 9 óbitos divulgados pela imprensa em todo o mundo. As sete mortes a mais foram decorrentes de situações de saúde, como infartos, ou atropelamentos ocorridos na área em redor do canteiro de obras.

Por isso, o movimento irá cobrar do governo e das construtoras medidas protetivas, tais como a instalação de unidades de pronto atendimento nos canteiros. “Estamos preocupados demais com a segurança destes trabalhadores e vamos nos unir para cobrar das empresas que tomem atitudes mais sérias de prevenção a acidentes e de compromisso com a saúde”, comentou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM), uma das entidades presentes no encontro.

Foi firmada uma agenda de reuniões que começa já em janeiro entre os sindicatos filiados à ICM - incluindo os das cidades-sede da Copa do Mundo - e os sindicatos da construção pesada e leve do Rio de Janeiro. O objetivo é a troca de experiências e as ações conjuntas, a fim de fortalecer a pauta sindical dentro das negociações referentes às Olimpíadas, já que, segundo as entidades, o tema trabalhista está ausente das negociações entre governo brasileiro e comitê olímpico.

Além da segurança, outra pauta de reivindicação será a utilização de madeira certificada em todas as construções, o que beneficiará indiretamente os trabalhadores do setor da madeira e contribuirá para a conservação do ambiente. As entidades também lutarão pela transparência quanto aos dados referentes às obras, contribuindo para a divulgação dos mesmos pela imprensa.

Durante o evento, o SINTRAICCCM apresentou relatório das ações em segurança desenvolvidas nos canteiros de obras de Cuiabá, entre elas palestras com juízes do trabalho sobre o tema, que servirão de base para a construção da estratégia de ação do movimento quanto à capacitação dos trabalhadores.






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