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POLÍCIA
Terça - 09 de Dezembro de 2014 às 05:22

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A Divisão Anti-Sequestro, da Gerência de Combate ao Crime Organizado, investiga crimes atribuídos a quadrilha desde o ano de 1996. Em maio de 1999, Humberto Cassiano foi eficazmente investigado, preso e  interrogado pela Polícia Civil de Mato Grosso, nas  investigações que buscavam elucidar o sequestro do filho do dono da Empresa de Transportes TransOeste de Rondonópolis (212 ao Sul),  J.C.B, de 19 anos.

Na ocasião, Humberto negou participação no crime, mas disse  a polícia que o convite para participar do sequestro partiu dos irmãos Teodoro e revelou a polícia que o crime cometido em Rondonópolis tinha como autores André Amarildo Teodoro de Souza, seu primo Amarildo dos Santos,  Nidiomar Carvalho entre outros. Os dois suspeitos, Amarildo Santos e Nidiomar Carvalho, estão foragidos.

Nas investigações desse crime, a Divisão Anti-Sequestro localizou o  cativeiro e apreendeu  parte do armamento usado pelo bando, sendo uma pistola calibre 380, um revólver calibre 38, uma submetralhadora 9 mm, carregadores e farta munição. O armamento estava em uma fazenda, distante 60 quilômetros de Rondonópolis, local que a vítima era mantida em cativeiro acorrentada a uma árvore.

A vítima, o estudante universitário J.C.B, permaneceu em cárcere privado sobre a vigilância de pessoas armadas por vários dias, até que a Polícia  conseguiu localizar o cativeiro e libertar o jovem, prendendo também três dos envolvidos, todos eles ligados a André Amarildo Teodoro.

A quadrilha tinha solicitado R$ 1 milhão de resgate a família do estudante. Mas o pagamento não chegou a ser efetuado, devido a rápida ação da Polícia que conseguiu prender parte do bando.

Nas investigações desse sequestro, também foi preso José Teodoro de Souza, que confessou detalhes do crime ocorrido em Rondonópolis e ainda revelou que André Amarildo, além de ser o autor  tinha praticado outro crime de sequestro juntamente com  seus comparsas, no ano de 1996. A vítima dessa vez era o diretor presidente da Coca Cola de Várzea Grande e para o resgate tinham exigido R$ 1 milhão.

O criminoso contou que André tinha convidado para atuar no crime seu primo Amarildo dos Santos (foragido) e seu cunhado José Italívio Martins, o  “Itá”, preso em Campo Grande no dia 4 de dezembro de 2014. Segundo ele, a vítima foi abordada no bairro Jardim Cuiabá, por um veiculo Caravam furtado por José Italívio Martins para ser usado na captura. Pelo sequestro receberam R$ 250 mil.

De acordo com o depoimento, a  vítima foi abordada por André, Italívio e Amarildo e  levada para um cativeiro improvisado na região de Praia Grande, em Várzea Grande e lá permaneceu sendo vigiada por José Italívio, acorrentada pelo pescoço, preso em uma árvore e com um capuz na cabeça.

O pagamento do resgate foi feito e André Teodoro e Amarildo dos Santos foram para Campo Grande, onde permaneceram durante algum tempo em um hotel usufruindo de todo o conforto proporcionado pelo dinheiro do sequestro.

No ano de 1998, André Amarildo Teodoro, o primo Amarildo dos Santos e o cunhado José Italívio Martins, o “Itá”, novamente se juntaram e decidiram sequestrar desta vez  o empresário Khalil Malouf, proprietário de vários empreendimentos em Cuiabá. Pelo sequestro, a quadrilha recebeu R$ 250 mil, igualmente dividido em partes iguais o valor do resgate.

Na ocasião do crime, José Teodoro de Souza, em novo depoimento à Divisão Anti-Sequestro, revelou uma “lista de pessoas que seriam sequestradas em Mato Grosso”, pelo quadrilha liderada por seu irmão André Amarildo Teodoro. Ele afirmou que tinham feito vários levantamentos de locais e das vítimas em potencial a serem futuramente sequestradas.

Na lista, segundo o preso, constavam nomes de empresários de sucesso da Capital, parentes de políticos de renome e projeção nacional, além de proprietários de empresas do ramo da construção civil como do empresário Antonio Pascoal Bortoloto o “Toninho da Todimo”, que realmente foi sequestrado em abril de 2009, quando permaneceu 17 dias acorrentado em um cativeiro, tendo sido localizado após pagamento de resgate na região do Capão Grande, em Várzea Grande.

De acordo com o delegado Flávio Henrique Stringueta, a Divisão Anti-Seqüestro, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), à frente de todos os crimes, não descarta a possibilidade de que a quadrilha liderada por André Amarildo Teodoro de Souza, possa realmente ter praticado outros crimes em Mato Grosso, pois uma das primeiras exigências que sempre faziam à família da vítima é deixar a Polícia de fora das negociações do caso, não sendo acionada.






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