Toque de Alerta - toquedealerta.com.br
JUSTIÇA
Quinta - 27 de Novembro de 2014 às 12:59
Por: Mídia News

    Imprimir


Promotor Natanael Fiúza (acima com relógio) disse que não estar seguro de que o crime tenha sido motivado por ciúmes
Promotor Natanael Fiúza (acima com relógio) disse que não estar seguro de que o crime tenha sido motivado por ciúmes
O promotor de Justiça Natanael Fiúza, que acompanha o caso do assassinato do ex-secretário de Estado, Vilceu Marchetti, disse "não estar seguro" que as provas apresentadas pela Polícia Civil indicam que o caso se trata de crime passional.

A declaração foi dada durante audiência de instrução do réu confesso, Anastácio Marafon, na quarta-feira (26), no Fórum de Santo Antônio do Leverger (a 36 km de Cuiabá).

Para o promotor, as provas colhidas pela Polícia não asseguram que o crime foi motivado por ciúmes que Marafon supostamente teria sentido de sua esposa.

“As provas constantes no processo, para mim não são seguras o bastante para demonstrar que a razão foi passional. Não há elementos que provem o contrário, mas não podemos desconsiderar nada”, afirmou.

Eram para ser ouvidas 10 pessoas, porém o apenas cinco compareceram ao Fórum, enquanto os demais serão ouvidas por precatório (quando os depoimentos são tomados nos locais onde residem).

Ângela Marafon, esposa do assassino e pivô da história, preferiu não conversar com os jornalistas sobre o caso. Marafon, por sua vez, acompanhou toda a audiência de cabeça baixa e sem algemas.

Na audiência, apenas o casal, apontado como testemunha ocular do fato, confirmou que o assassinato aconteceu por falta de respeito de Marchetti.

“Ele passou a mão na minha mulher e eu não aceitei. Fui tirar satisfação e acabei matando. Confesso isso”, disse Marafon perante o júri.

O caso

Vilceu Marchetti foi morto na noite do dia 7 de julho, na Fazenda Marazul, localizada na região do Pantanal.

A fazenda pertencia a Neri Fulgante e era administrada por Marchetti. Na ocasião do crime, também estavam na fazenda os dois netos de Marchetti, de 14 e 9 anos de idade.

Segundo a polícia, Anastácio Marafon já trabalhava para Fulgante há seis anos em outra propriedade e assumiria a administração da Fazenda Marazul.

O réu havia chegado ao local há pouco mais de 10 dias, junto com a família.

Na sede da fazenda, o ex-secretário teria assediado a esposa do novo administrador, que presenciou a cena e tirou satisfação com a companheira – discussão que teria sido testemunhada pelos netos de Marchetti.

Marafon, então, teria se dirigido armado até o apartamento ocupado por Marchetti na fazenda e entrado em seu quarto.

Após uma breve discussão – ouvida pelo dono da fazenda –, ele teria disparado os tiros contra o administrador e voltado à sua propriedade, atirando a arma no rio durante o percurso.





URL Fonte: http://toquedealerta.com.br/noticia/10626/visualizar/