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POLÍCIA
Sábado - 24 de Maio de 2014 às 10:41

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A agência foi atacada no dia 23 de abril deste ano
A agência foi atacada no dia 23 de abril deste ano
Dez integrantes da quadrilha que levou terror a cidade de Nova Maringá (400 km a Médio-Norte), durante assalto a agência do Banco do Brasil, no dia 23 de abril deste ano, foram presos pela Polícia Judiciária Civil, em investigações comandadas pela Gerência de Combate ao Crime Organizado, com apoio da Delegacia de Polícia de São José do Rio Claro (315 km a Médio-Norte) e Delegacia de Nova Mutum (264 km a Médio-Norte).

A agência foi atacada no dia 23 de abril deste ano por assaltantes armados, que efetuaram vários disparos de arma de fogo, usando moradores como escudo humano. Funcionários e clientes feitos refém foram levados na fuga da quadrilha. Da agência foram levados R$ 442 mil e "torrados" em bens, como automóveis, motocicletas, festas e bebidas.

A modalidade de assalto não ocorria em Mato Grosso desde setembro de 2013 e foi o primeiro roubo no estilo "Novo Cangaço" registrado em 2014.


A primeira prisão ocorreu na manhã de quinta-feira (22.05), na cidade de Nova Mutum e à noite nove membros do bando foram presos na região do município de São José do Rio Claro, por equipes do GCCO. Com os bandidos foram apreendidos cinco armas de fogo (2 espingardas 12, 2 pistolas, 1 revólver 38), 1 Saveiro Cross, 1 caminhonete,
  1 Hilux prata, usada no roubo, duas motocicletas e 1 lancha, além de dinheiro (ainda não contabilizado), munições e documentos.

Com a quadrilha foram apreendidos mais de R$ 150 mil em bens, adquiridos ilicitamente com o dinheiro do assalto e ainda valores bloqueados de contas correntes de membros da quadrilha.


Por mandado de prisão preventiva foram presos: Bruno Nunes dos Santos, Nivaldo Francisco dos Santos, David Aparecido Coelho de Araújo.Por prisão temporária foi presa Patrícia Ribeiro, esposa de Bruno Nunes. Outras seis pessoas foram autuadas em flagrante. São elas: Cristiano Ximenes Dias, Jonas Rodrigues, Alexandre dos Santos Silva, Renato Ribeiro Justino, Vidimar Brito de Oliveira, e Claudinei da Silva Gericó. Todos vão responder por crimes de roubo majorado mediante concurso de pessoas e emprego de armas, quadrilha armada, lavagem de dinheiro e posse de armas de fogo.


O delegado titular do GCCO, Flávio Henrique Stringueta, informou que as investigações iniciaram com a identificação de David Aparecido Cunha de Araújo, membro de um clube de tiros em São José do Rio Claro e dono de um mercadinho na cidade, e que estava passando por dificuldades e mesmo assim teria comprado um lancha por R$ 14 mil, em dinheiro, de um loja na cidade de Lucas do Rio Verde.


"Conseguimos levantar que ele poderia ter tido participação no caso. Ele foi visto na região de Nova Maringá, naqueles dias e tinha uma arma da mesma característica da usada no roubo, uma arma cromada. Foi feito o monitoramento dele e com isso chegamos a outros dois criminosos, que no caso o Bruno e o Nivaldo", explicou o delegado.


"A partir do descobrimento dessas pessoas chegamos ao demais detidos na operação e que foram presas com armas, dinheiro e objetos relacionados ao crime apurado", completou o delegado.


O suspeito Nivaldo Francisco dos Santos foi preso em Nova Mutum e é considerado um dos líderes da quadrilha que roubou R$ 442 mil da agência bancária. Ele é amigo de Bruno Nunes dos Santos, e ambos, depois do crime passaram a adquirir bens em dinheiro vivo e a "esbanjar dinheiro pela cidade, fazendo festas e pagando bebidas em botecos", conforme as investigações do GCCO. "Issochamou a atenção já que eram pessoas que não tinham como sobreviver ou gastar esse dinheiro antes do crime e passaram a uma vida confortável depois", ressaltou Stringueta.


No dia do crime, Nivaldo faltou ao serviço, e pediu demissão no dia 2 de maio. "Isso gerou para nós convicção de que teve participação no roubo", explicou o delegado Flávio Stringueta.


As investigações apontam que Bruno e Nivaldo compraram veículos à vista e em dinheiro vivo. Segundo o GCCO apurou, Bruno comprou à vista um Voyage 1.6 City, no valor de R$ 34 mil, de uma concessionária em Nova Mutum. O suspeito Nivaldo adquiriu logo após o assalto uma picape Saveiro Cross, no valor de R$ 38,5 mil, e também pagou em dinheiro.

Os dois presos também são amigos de David Aparecido Cunha de Araújo, com o qual os policiais apreenderam um pistola 380 cromada, sendo uma das arma usada no crime. Cartuchos da ama recolhidos em uma fazenda, onde David foi visto efetuando disparos foram recolhidos e encaminhados à perícia para  exame de confrontação balística com os cartuchos recolhidos na cena do crime. Na propriedade também foram recolhidos cartuchos de espingarda calibre 12, outra arma usada no assalto.

Nas investigações a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), descobriu que o preso Jonas Rodrigues usava um número de celular que estava cadastrado em nome do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O telefone tem o prefixo 66, da operadora Vivo, e endereço na cidade de Natal, no estado do Rio Grande do Norte. O celular foi habilitado no dia 24 de abril, um dia depois do roubo, mostrando a fragilidade do sistema da operadora.


Além dos veículos e da lancha a quadrilha comprou motocicletas. 
 Os presos estão sendo interrogados na sede do GCCO, em Cuiabá, e serão encaminhados a Penitenciária Central do Estado (PCE). 





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