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SEGURANÇA
Sexta - 09 de Maio de 2014 às 01:14

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A Polícia Judiciária Civil fez a primeira incineração de drogas do ano de 2014. A destruição de 921,962,44 quilos de entorpecentes aconteceu na manhã desta quinta-feira (08.05), na fornalha da empresa Sperafico da Amazônia, no Distrito Industrial, em Cuiabá. Foram queimados 770,786, 50 quilos de maconha, 80,317, 94 kg de cocaína, 55,450 kg fenacetina (solvente) e 15,408 kg de ácido bórico.

A queima de várias substâncias tóxicas foi comandada pela Delegacia Especializada de Entorpecentes, que mantinha o entorpecente armazenado em depósito sob sua responsabilidade, até a autorização da Justiça para destruição, apos perícia de todo o material.

A delegada titular da DRE, Alana Derlene Souza Cardoso, disse que são realizadas incinerações periodicamente para não manter grandes volumes de drogas no depósito. "Nós temos um pouco de droga apreendida em inquéritos policiais instaurados em 2012, que ainda não havia sido queimada, drogas apreendidas com usuários, que são pequenas quantidades e um pouco de drogas apreendida em 2013, em flagrantes", detalhou a delegada. "Mais uma vez contando com a parceria da empresa que cede o espaço para fazermos a queima", agradeceu Alana.

Grande parte da droga incinerada nesta manhã é fruto de apreensões em operações policiais da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes e também da Polícia Militar, realizadas na região metropolitana.

A última grande apreensão aconteceu no dia 24 de abril deste ano, na BR 070, próximo ao Trevo do Lagarto, em Várzea Grande, quando equipes da DRE interceptaram um veículo com carregamento de cerca de 90 quilos de pasta-base de cocaína, avaliado no mercado de Cuiabá em aproximadamente R$ 500 mil. Três pessoas foram presas por tráfico de drogas e dois veículos apreendidos.

A droga foi encontrada no interior  do porta-malas de um Gol prata e estava dividida em três tipos de embalagens,  sendo 69 tabletes retangular, totalizando 70, 128 quilos de pasta-base de cocaína, e 26 tabletes na forma oval  lacrados  com papel alumínio, equivalente a 13,484 quilos, e ainda 4,980 quilos dentro de sacos plásticos fechados com nó.

A promotora da 11ª Promotoria de Justiça, Josane Fátima de CarvalhoGuariente, parabenizou a Polícia pelo volume de droga apreendida e incinerada. "Esse é um trabalho de meses de investigação e é necessário que os órgãos públicos de repressão, de investigação, estejam cada vez mais aparelhados para que possamos realmente combater esse delito, que nossas autoridades da esfera Legislativa e da Executiva também se sintam cada vez mais sensibilizados a aparelhar melhor os órgãos de investigação para que possamos realizar muitos mais vezes,  isso que estamos fazendo aqui hoje", destacou.

A droga foi escoltada por policiais da Gerência de Operações Especiais (GOE).
Estiveram presentes na incineração peritos da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), o delegado Sebastião Finotto.

Agilidade na destruição

No início de abril deste ano, entrou em vigor a Lei 12.961/2014, que agiliza a destruição de drogas apreendidas pela polícia.  A mudança evita o armazenamento de entorpecentes nas delegacias e depósitos da polícia, reduzindo os riscos de ataques de criminosos.

De acordo com a Lei 12.961/2014, no caso de flagrante, a droga será destruída no prazo de 15 dias, na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária. Quando não houver prisão em flagrante, a droga será incinerada no prazo de 30 dias, a partir da data da apreensão, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo.

A medida altera a Lei 11.343/2006, que trata do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad). A norma estabelecia a destruição das drogas apreendidas apenas após o encerramento do processo judicial. No entanto, a Justiça concedia autorização de incineração duas vezes no ano. Uma no primeiro semestre e outra no final do ano.
 





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