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POLÍTICA
Quinta - 13 de Fevereiro de 2014 às 19:51

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A Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá recebeu na manhã desta quinta-feira (13) os representantes do Movimento Organizado pela Moralidade Pública e Cidadania (Ong Moral) para debaterem a cerca do processo investigatório contra o ex-presidente João Emanuel (PSD).

O grupo protocolou na Casa de Leis no final do ano passado uma representação solicitando a cassação do social democrata por quebra de decoro parlamentar devido a seu suposto envolvimento num esquema de desvio de verba pública, desbaratado pela Operação Aprendiz.

Na oportunidade, o Movimento reiterou o pedido e ainda pediu que as provas referente ao processo de compra de sentença, qual o vereador também é citado.

"As investigações do Ministério Público apontam para uma conduta ilibada. É importante levar em consideração as duas investigações, afinal ele é uma figura pública que está sob suspeita de envolvimento em crimes graves", justificou o advogado da ONG, Bruno Boaventura.

O relator do processo, vereador Ricardo Saad (PSDB) esclareceu que dentro do volume de documentos encaminhado pela  Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), consta um trecho do inquérito sobre compra de sentença, qual será levada em consideração no decorrer das investigações.

"Vou fazer o que é correto, não vou ser coagido por ninguém. Estamos conduzindo este procedimento com toda a transparência e seriedade possível. Estamos analisando atentamente todos os documentos que chegaram em nossas mãos. Tudo será pontuado", enfatiza.

Outro questionamento da entidade foi quanto a composição da Comissão. Além de Saad, o grupo é formado pelos vereador Toninho de Souza (PSD) e Osesas Machado (PSC), presidente e vice, respectivamente. Todos apoiaram João Emanuel na disputa pela Mesa Diretora em janeiro do ano passado.

"Eu posso garantir a lisura de todo o processo. Prova disso, é a abertura que estamos dando para vocês acompanharem todo o trabalho que estamos desenvolvendo. É a minha carreira política que está em jogo. Se eu cometer algum deslize, sou eu quem vou responder. Se isso acontecer vocês podem pedir a minha destituição", respondeu Toninho.

Além disso, o parlamentar ressaltou o fato de o grupo ter sido formado no início desta legislatura, bem antes deste episódio do João Emanuel. "Isto reforça a nossa seriedade e lisura. Quando fomos indicados para esta Comissão, não sabíamos que iríamos passar por isso. Nós vamos trabalhar em cima do código de ética e do regimento interno da Casa", garante.

O grupo já notificou o social democrata para que apresente defesa. João Emanuel ainda tem três sessões plenárias para expor os seus argumentos. Após isso, o relator tem o prazo de cinco sessões para apresentar o relatório em plenário.





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