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POLÍCIA
Sexta - 28 de Junho de 2013 às 06:03

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Delegado geral da Polícia Judiciária Civil, Anderson Aparecido dos Anjos Garcia, durante coletiva
Delegado geral da Polícia Judiciária Civil, Anderson Aparecido dos Anjos Garcia, durante coletiva
O delegado geral da Polícia Judiciária Civil, Anderson Aparecido dos Anjos Garcia, disse que a Polícia Judiciária Civil não vai tolerar corrupção em seu quadro. Segundo Garcia, a prisão dos dois policiais na operação “Abadom”, da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), é a ponta do iceberg, que poderá desencadear outras ações internas. “A Polícia Civil vai combater a corrupção. Não é nenhuma caça as bruxas, ocorre que durante as investigações surgiram informações que foram apuradas”, destacou.

Para o delegado geral quando se inicia uma investigação, principalmente de organizações criminosas, muitas coisas podem acontecer, inclusive aparecer policiais envolvidos. “Durante essa investigação do tráfico de entorpecente, aqui em Mato Grosso, foi detectado esse incidente, onde ocorreu corrupção por parte de policiais, que serão alvos agora de uma investigação da Corregedoria, que corre paralelamente a investigação do tráfico de entorpecentes”, declarou.

A delegada Alana Cardoso, classificou como “incidente” a descoberta de dois policiais civis envolvidos no esquema de tráfico de drogas. Alana explicou que no curso da investigação, a Polícia Civil com foco a identificar o “padrão” do negócio ilícito descobriu uma situação de concussão ou corrupção, tipos penais ainda não definidos na investigação, envolvendo um delegado de polícia e uma investigadora de polícia, ambos afastados das funções em cumprimento do mandado de prisão preventiva.
 
A Polícia Civil chegou aos policiais depois que um dos alvos da investigação foi extorquido por policiais civis, que se diziam da Delegacia Especializada de Entorpecente (DRE). Com a informação, a DRE acionou a Corregedoria Geral da Polícia Civil que passou apurar a  conduta dos policiais e a investigação seguiu com foco a identificar os fornecedores de drogas que saiam de Várzea Grande para municípios do Norte do Estado de Mato Grosso.
 
No caso da suposta extorsão, o delegado de polícia João Bosco de Barros, da Delegacia de Homícidio e Proteção a Pessoa (DHPP) e a investigadora Gláucia Cristina Moura Alt esposa dele, intermediaram  negociação da extorsão praticada por outros policiais e impediram que o alvo fosse preso e a droga tomada. Segundo a apuração, os policiais  passaram a dar proteção a traficantes e resolver eventuais problemas como de novas extorsões. “A operação encerra os trabalhos com relação ao tráfico de drogas. A conduta dos servidores públicos será apurada pela Corregedoria da Polícia Civil”, finalizou a delegada Alana Cardoso.
 
O corregedor geral da Polícia Civil, Luiz Fernando Costa, disse que os policiais cometeram infração de quarto grau prevista no Estatuto da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso. “Prevê pena de suspensão que pode chegar até 90 dias ou eventual demissão. Isso vai depender do resultado da investigação no curso do processo administrativo. A partir daí podemos dizer o que vai acontecer”, salientou.
 
Com relação a novos policiais, o corregedor explicou que a Corregedoria está acompanhando a investigação e tomará providências caso confirme a participação de outros policiais civis. “Não podemos deixar a coisa acontecer e não fazer nada”, afirmou.





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