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POLÍCIA
Segunda - 17 de Junho de 2013 às 05:34

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Uma modalidade criminosa de roubo a bancos que vinha se fortalecendo em vários estados foi desarticulada na última sexta-feira (14.06), em ação conjunta do Grupo Armado de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros (Garras), da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul), e a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso.

O grupo usava guarda-sol preto para se esconder das câmeras de vigilância e driblar o sensor de presença das agências bancárias, invadidas sempre aos finais de semana, e no período noturno. A quadrilha quebrava paredes a marretadas e abria o cofre com maçarico ou outras ferramentas como furadeiras de alta pressão.

Mais de 10 integrantes da quadrilha que atuava em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Estado do Paraná foram presos. Cinco deles com residência em Cuiabá e daqui articulavam roubos aos bancos em várias localidades. Os cinco mato-grossenses pertencem a uma única família, quatro são irmãos e uma das presas é esposa de um dos acusados.

No amanhecer de sexta-feira (14), policiais do GCCO realizaram buscas na residência da quadrilha, localizada em uma chácara na estrada do Distrito de Nossa Senhora da Guia, em Cuiabá, mas o grupo acabou preso em Mato Grosso do Sul. Os irmãos Jonas de Oliveira, Josias de Oliveira, Marilene de Oliveira e Joel de Oliveira, que é cadeirante, foram presos pelo Garras em Campo Grande (MS) e a mulher de Joel, Adriana Aparecida Miranda, no Estado do Paraná.

O delegado chefe da Gerência de Combate ao Crime Organizado, Flávio Henrique Stringueta, confirmou invasões em 8 agências bancárias de Mato Grosso, das quais em 4 os furtos foram consumados e outras 4 ficaram na tentativa. Em Cuiabá o grupo atacou agências do Banco do Brasil da Avenida da Feb, em Várzea Grande, Prainha e Fernando Correa da Costa. Na agência do município de Nova Olímpia a quadrilha furtou R$ 120 mil e Rosário Oeste levou R$ 35 mil. “Começamos a observar essa ação  em janeiro deste ano. É uma quadrilha com raízes aqui que atua em outros estados”, destacou Stringueta.

Para o delegado a modalidade criminosa é diferenciada, mas gera lucro tão ou maior que as ações do “novo cangaço”. “É um crime cuja pena é inferior ao ‘novo cangaço’, que oferece menos risco a quadrilha, que se presa permanece por um tempo reduzido na cadeia”, observou o delegado.

O delegado Flávio Stringueta informou ainda que quadrilha era investigada pelo GCCO, em arrombamentos de caixas eletrônicos, no entanto foi a partir de informações do Garras de Mato Grosso do Sul, que foram identificados nos furtos as agências com o uso do guarda-sol. “Eles estavam com as investigações mais avançadas e nos auxiliaram aqui”, disse.

Em Mato Grosso do Sul a quadrilha furtou agências de Campo Grande e Alvorada do Sul. Em um dos furtos um integrante deixou uma impressão digital que foi possível chegar a Sérgio Antunes, natural de Maringá, no estado do Paraná, e que já havia sido preso em Cafelândia (PR), por furto em banco praticado como o mesmo “modus operandis”. Na ocasião, a Polícia do Paraná prendeu 13 membros do grupo criminoso.

Os assaltantes de Mato Grosso entram na investigação, quando a polícia encontrou um comprovante de uma loja de departamentos que relacionava a compra de guarda-sol, chaves de fendas e uma furadeira de pressão. O ticket foi deixado pelo bando no furto da agência bancária de Alvorada do Sul, em Mato Grosso do Sul, de onde levaram R$ 70 mil. Os produtos foram pagos em cartão de crédito de Joel de Oliveira (cadeirante), e que havia emprestado o cartão para os irmãos. Imagens das câmeras de segurança da loja também confirmaram que a esposa de Joel, Adriana Aparecida, também estava no mercado no dia da compra.

O delegado Flávio Stringueta disse que a Polícia Civil a partir de agora vai aprofundar as investigações para identificar outros membros envolvidos e indiciar a quadrilha nos crimes praticados no Estado de Mato Grosso.





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