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POLÍTICA
Segunda - 25 de Março de 2013 às 20:05

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Senador Pedro Taques (PDT-MT)
Senador Pedro Taques (PDT-MT)
O senador Pedro Taques (PDT-MT) lamentou, nesta segunda-feira (25.03), as condições de trabalho dos policiais militares de Mato Grosso, principalmente os que integram o Batalhão da Ronda Ostensiva Tática Móvel (Rotam). O senador relatou que a Rotam convive com o descaso do poder público e destacou que, de acordo com denúncia anônima, o órgão sofre falta de materiais para treinamentos e para a realização de operações policiais.

“A situação da Rotam de Mato Grosso vai de mal a pior. Estamos diante de uma tragédia anunciada. Imaginem, é uma equipe especializada em distúrbios civis e não existem equipamentos necessários para que eles possam exercer as suas atribuições. Faltam até escudos e os capacetes utilizados por estes profissionais não possuem sequer proteção balística”, destacou Pedro Taques.

O senador explicou que a técnica de policiamento exige um número certo de equipamentos. Em Mato Grosso, conforme a denúncia encaminhada ao parlamentar, o Governo não oferece à Policia Militar nem a metade da estrutura prevista na Doutrina de Policiamento de Controle de Distúrbios Civis. Para Pedro Taques, a falta de estrutura da Rotam causa prejuízos não somente aos policias, mas a toda a sociedade.

Em seu discurso, o matogrossense lembrou que o estado convive com o déficit de policiais militares efetivos. “No final do ano passado, o Governo anunciou que mais 2,5 mil novos homens serão incorporados ao efetivo responsável pela segurança, até dezembro de 2013. Quero registrar que acompanhamos o anúncio e cobraremos a aplicação da medida”, pontuou.

Pedro Taques também lamentou que o número de policiais militares mortos no Brasil no exercício de sua função seja alarmante. Mais de 200 policiais militares foram mortos no país do ano passado até fevereiro deste mês. Somente este ano morreram em Mato Grosso oito policiais militares. Em 14 meses, foram 22 mortes.

“Precisamos de uma política pública de segurança consistente, que envolva um projeto sofisticado e profundo de integração institucional e intersetorial, gestão de informação, formação de uma cultura da paz e prevenção ao crime. Enquanto houver descaso na prestação do serviço de segurança, fatores como a má-distribuição de renda e dezenas de outros problemas sociais continuarão agravando o problema da violência”, finalizou.

Em aparte, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) elogiou o pronunciamento de Pedro Taques e disse ter esperança que ele possa sensibilizar as autoridades públicas para pensar segurança pública como um dever do Estado brasileiro. “A criminalidade alcança patamares insustentáveis, e o Brasil não está preparado, com políticas públicas, para enfrentar a questão que nos atormenta. Talvez, com uma voz importante como a do senador Pedro Taques, possamos sensibilizar as autoridades”, afirmou Vital.





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