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CIDADANIA
Terça - 12 de Março de 2013 às 11:08

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Assessoria AACC

Após descobrirem que o filho tem câncer a vida da família muda completamente, principalmente das mães. Elas deixam seus lares, marido, os outros filhos, para se dedicar exclusivamente ao tratamento da criança que está doente, sem saber ao certo quanto tempo vão ficar na Associação dos Amigos da Criança com Câncer - AACCMT. Esse período pode variar de dias, meses e até anos dependendo da gravidade, elas podem até voltar para casa sem a criança por não resistir à doença.

As mães lidam com diversos sentimentos diariamente: medo, ansiedade, tristeza, carência, culpa, solidão e se entregam de corpo e alma ao tratamento da criança. “Estou tão ansiosa com o tratamento da minha filha que não paro de comer, engordei bastante e não consigo emagrecer, além disso, me deixei de lado, tem horas que dá um desespero, uma vontade de chorar tão grande”, revela. Patrícia mora em Alto Taquari, é mãe de dois filhos, Enzo de um ano e meio que está com o pai e Vitória de seis anos que tinha leucemia e ainda está em tratamento.

Adriana Ávila de 37 anos, compartilha a mesma opinião, está na AACCMT, veio de Aripuanã, tem dois filhos de 13 e de oito. Há sete meses descobriu que o caçula tem câncer, é a segunda vez que ele foi diagnosticado com a doença. “Vivo para ele e a autoestima da gente acaba porque não achamos justo nos cuidar vendo nosso filho mal, vem aquele sentimento de culpa”,confessa.

Para ajudar essas mães a lidar com a doença dos filhos a terapeuta Maria Alice Soares, do Círculo de Excelência Humana, veio exclusivamente de São Paulo para ministrar uma palestra. Ela é voluntária, practitioner em Programação Neurolinguistica (PNL), formada em Hipnóse Ericsoniana e Hipnose Clássica, Regressão de Memórias e Análise Transacional.

Maria Alice explica que, após a descoberta da doença dos filhos, elas sentem que o mundo desmoronou, perdem todo o equilíbrio, vaidade e autoestima. Elas afirmam que fazer uma unha, pintar o cabelo, colocar uma roupa nova e até se maquiar não tem mais sentido, sentem-se culpadas por darem importância para a vaidade, sabendo que o filho tem câncer. ”Sabemos que nessa situação é importante elas se cuidarem e estarem bem, isso não significa que são egoístas e sim , é importante que o filho sinta que a mãe está bem e forte para ajuda-lo nessa luta”, pontua.

CRIANÇAS COM CÂNCER

Durante o tratamento as crianças nem imaginam a gravidade da doença que têm e se divertem com os amiguinhos, brincando e desenhando. Atividades para elas não faltam. Já as mães não têm uma ocupação específica e ficam preocupadas com a doença e, infelizmente, pensam sempre no pior.

“Essas mães precisam de uma ocupação, aprender coisas novas. Se sentir úteis para fortalecer a autoestima e aguentar ficar longe da família. É preciso trabalhar com elas o sentimento, o pensamento e o comportamento para que tenham força para resistir firme o tratamento do câncer”, destaca a terapeuta.

NOVOS VOLUNTÁRIOS

AACCMT precisa de voluntários das profissões de cabeleireiro, manicure, pedicure, massagista para promover alguns dias da beleza para que elas possam pintar as unhas, cortar o cabelo, pintar se sentirem bonitas e relaxar com as massagens. Além disso, precisa de voluntários que sejam artesãos e artistas plásticos que possam passar o conhecimento para as mães aprenderem a terem uma ocupação enquanto estão na casa de apoio.

Para se tornar voluntário basta entrar em contato com a AACC pelo telefone: 3025 0800 e o site www.aaccmt.org.br

Dia da Mulher

A AACC preparou uma programação especial para comemorar o Dia Internacional da Mulher com palestras com médicos para falar sobre o câncer; diagnóstico precoce, palestras de autoestima, música e diversas atividades.

De acordo com a gestora da AACC, Perolina Cézar Crescêncio, a comemoração em homenagem às mulheres foi de suma importância para as mães saírem da rotina, elas se emocionaram muito com os depoimentos das crianças e das atividades”, parabeniza.






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