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POLÍCIA
Quinta - 18 de Outubro de 2012 às 11:30

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PJC/MT
 A Polícia Judiciária Civil registrou uma queda de 44% no número de ataques a caixas eletrônicos no Estado de Mato Grosso. Em dez meses, 59 pontos com terminais foram alvos das quadrilhas que atuam na explosão das máquinas de saque de dinheiro. Em 52 registros, os bandidos utilizaram artefatos explosivos para abrir as máquinas e apenas 7 foram arrombados com uso de maçaricos.

No ano de 2011, foram registrados 106 ocorrências de ataques a caixas de autoatendimentos. A Polícia Civil contabiliza a ocorrência, consumada ou tentada, independente dos terminais atacados.

Nem todas as ações os bandidos tiveram êxito em levar o dinheiro. Dos roubos e furtos praticados, 29 ocorrências foram consumadas e em 30 as quadrilhas não conseguiram chegar até o dinheiro, deixando o terminal violado. “O que a gente vê é que essas quadrilhas são ainda inexperientes e, portanto, o êxito está sendo bem menor do que o ano passado”, explica o delegado chefe da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Flávio Henrique Stringueta.

Conforme o delegado, as quadrilhas que vêm agindo no Estado não são as mesmas que estavam atuando na modalidade criminosa no ano de 2011. Muitas migraram para outros estados, onde a ação criminosa ainda não foi intensificada. “As quadrilhas especializadas estão fora do Estado e as que estão atuando aqui são novas”, afirma o delegado.

Além do monitoramento da polícia, as quadrilhas passaram a ter menos lucros nas investidas contra os caixas eletrônicos, diante da estratégia orientada pelo GCCO de aumentar a quantidade de abastecimento com pequenas quantias em dinheiro e ainda a retiradas de muitos terminais de pontos vulneráveis. “Migraram para outros estados, onde ainda não há esse tipo de ação policial e nem de ação dos bancos, permitindo que aqui no nosso Estado, outras quadrilhas venham se formando para pelo menos tentar conseguir o mesmo êxito das quadrilhas que agiam no ano passado”, pontua Stringueta.

De acordo com o chefe do GCCO, o mesmo trabalho de monitoramento e identificação dos novos grupos vem sendo feito este ano. “Nossa ação de confronto aos criminosos dessa modalidade vem desde 2011, identificando os líderes das quadrilhas, fechando o cerco contra a atividade criminosa deles e dando condições para que policiais tenham acesso ao jeito deles, o local onde eles se encontram, mostrando para essas quadrilhas que a polícia conhece sua atividade. Isso acaba inibindo e ocorrendo uma diminuição consubstancial dos ataques a caixas eletrônicos”, explica Flávio Stringueta.

As investigações têm ganhado reforço das denúncias comunicadas pela população por meio do telefone de denúncia da Polícia Civil, 197. “Todas essas informações passadas ao Ciosp são repassadas ao GCCO e tudo o que nos chegam é objeto de investigação, de averiguação e isso nos tem servido para identificação dessas quadrilhas”, informa Stringueta.

Prisões

Em pelo menos onze estados da federação, a Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso colaborou na prisão de membros de grupos criminosos que estavam atuando no arrombamento de caixas eletrônicos e assaltos a bancos. O delegado Flávio Stringueta disse que o GCCO tem trocado informações com os estados que também estão sofrendo a onda de explosões de caixas eletrônicos e isso já resultou em diversas prisões de pessoas de Mato Grosso em outros estados.

De acordo com levantamento do GCCO, ocorreram prisões de bandidos mato-grossenses nos Estados do Tocantins, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Rondônia, Acre, Piauí, Maranhão, Bahia, São Paulo, Pará e Goiás. Além das prisões efetuadas no Estado de Mato Grosso.

Os Estados de Mato Grosso do Sul, Rondônia, Maranhão e Pará registraram o maior número de pessoas presas oriundas de Mato Grosso. “Foram os estados que a gente registrou o maior número de intervenções, de pessoas identificadas, que a gente conseguiu auxiliar de alguma forma na identificação dos criminosos com passagens aqui”, finaliza o delegado Flávio Stringueta.





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