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POLÍTICA
Quinta - 17 de Maio de 2012 às 15:34
Por: Iara Lemos e Nathalia

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Bicheiro Carlinhos Cachoeira
Bicheiro Carlinhos Cachoeira

Os integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga o elo do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos e empresários aprovaram na manhã desta quinta-feira (17) a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico do ex-diretor da Delta Construções Cláudio Abreu, e dos principais auxiliares do contraventor - Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, Gleyb Ferreira e Geovani Pereira da Silva. Outro dos auxiliares, o ex-vereador de Goiânia Wladimir Garcez, terá apenas o sigilo telefônico quebrado.

Claúdio Abreu é o ex-diretor da Delta Construções para a região Centro-Oeste. Segundo investigação da Polícia Federal, a Delta é uma das construtoras com mais contratos com o governo federal e repassou dinheiro para empresas fantasmas que abasteciam o grupo de Cachoeira.

Abreu foi preso no final de abril durante a Operação Saint-Michel, da Polícia Civil do Distrito Federal. A operação é um desdobramento da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que resultou na prisão de Cachoeira em fevereiro.

Dadá, também preso durante as investigações da Operação Monte Carlo, é ex-sargento da Aeronáutica e, segundo as investigações da Polícia Federal, atuava como informante e auxiliar do bicheiro.

Geovani Pereira da Silva é apontado pela PF como tesoureiro da quadrilha de Cachoeira. Wladimir Garcez, ex-vereador pelo PSDB de Goiânia, é citado como o principal elo de Cachoeira com influência no governo de Goiás. Gleyb Ferreira é citado como braço direito do contraventor.

Os integrantes da CPI também aprovaram requerimento que pede que seja encaminhado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) informações consideradas “atípicas” de Carlinhos Cachoeira, Cláudio Abreu, Idalberto Matias de Araújo e José Olímpio Queiroga Neto, outro auxiliar de Cachoeira flagrado em diversas gravações da Polícia Federal.

Operação Saint-Michel
A CPI aprovou ainda requerimento que pede informações à Polícia Civil do Distrito Federal sobre a Operação Saint-Michel.

A ação resultou no bloqueio dos bens do bicheiro, do ex-diretor da construtora Delta Claudio Abreu e de outras seis pessoas denunciadas por formação de quadrilha e tráfico de influência.

Na investigação do DF, o grupo ligado a Cachoeira foi acusado de tentar fraudar a licitação da bilhetagem eletrônica no transporte público do Distrito Federal. O ex-diretor da Delta Cláudio Abreu foi preso. Ele estava afastado do cargo na construtora desde a revelação de ligação com Cachoeira.

Em razão das investigações, quebra de sigilo havia sido determinada pela Justiça do Distrito Federal e abrange dados das contas correntes e declarações de Imposto de Renda dos investigados a partir de janeiro de 2009 até os dias atuais. No caso da Delta, a determinação de quebra de sigilo abrange contas da empresa em todo o país.






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