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JUSTIÇA
Quinta - 12 de Maio de 2016 às 14:06
Por: Gazeta Digital

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Foto: Ilustrar
Os ex-servidores públicos, Fábio Frigeri e Wander Luiz dos Reis, da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), estão sendo ouvidos nesta quinta-feira (12), na sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Eles prestam esclarimentos aos promotores de justiça e delegados sobre a fraude de licitação e cobrança de propina em reformas e construção de escolas no Estado.

Fábio Frigeri é acusado de ser o coordenador do esquema. Ele era encarregado de agilizar e viabilizar as fraudes no âmbito da Administração Pública mediante recebimento de propina, juntamente com Wander Reis.

Os servidores foram exonerados do cargo pelo ex-secretário de Estado de Educação,  Permínio Pinto quando a Operação Rêmora veio a tona no dia 3 de maio. 

Conforme o GD apurou Wander Reis ocupava o cargo efetivo de professor de educação básica, com salários de R$ 4,1 mil.

De acordo com o Gaeco, Fábio e Wander atuavam dentro da organização criminosa como integrantes do núcleo de agentes públicos. Eles passavam todas as informações de licitações para o empresário,  Giovani Guizardi.

Ainda conforme as investigações as fraudes começaram a ocorrer em outubro de 2015, onde 23 obras de reformas e construção escolas públicas gerou o montante de R$ 56 milhões aos empresários. 

O promotor de Justiça, Marco Aurélio Castro, coordenador do Gaeco, disse que a Operação Rêmora terá muitas novidades, porque a corrupção não parece localizada como era.

"Já temos informações que o empresário, Giovani Guizardi tinha vários contratos em outras pastas e isso merece uma análise mais detalhada, tanto do Ministério Público, como pelo próprio Governo do Estado de Mato Grosso". 

Marco Aurélio relatou que o depoimento do ex-secretário da Seduc, Permínio Pinto coloca os fatos em dúvida, porque o secretário disse que recebeu a informação de fraude na Seduc, mas não de forma detalhada.


Ele ainda citou que a secretária de Transparência e Combate à Corrupção de Mato Grosso, Adriana Vandoni também o alertou sobre a organização. Porém, Permínio não investigou os fatos como deveria ter feito.

"Me gera uma curiosidade e até uma surpresa, porque fico imaginando um homem médio, sentado numa cadeira de secretário e, duas pessoas faz a denúncia dizendo que está tendo corrupção e ele não deu a importância aos fatos. Porque eu no lugar dele, perguntaria quem era, quando, como e de que forma isso operava para eu tomar as devidas providências. Mas, segundo consta ele não teria ido a fundo nas investigações e deu no que deu", explica o promotor.





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