Toque de Alerta - toquedealerta.com.br
SEGURANÇA
Quarta - 22 de Fevereiro de 2012 às 10:45

    Imprimir


Foto: Arquivo

Auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) constatou que a estrutura da Polícia Federal é deficitária quando se trata de ações de repressão ao tráfico de drogas na fronteira do país. Em visita, in loco, dos auditores do TCU a várias delegacias da PF nas fronteiras, inclusive em Cáceres, foi constatado "que o trabalho policial de combate ao tráfico de drogas é realizado em locais, por vezes, de difícil acesso, distantes e isolados, e em condições pouco satisfatórias, dada a especificidade dessa região", aponta o relatório.

Outro exemplo citado pelo órgão federal é com relação a fronteira de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul com o Paraguai e Bolívia, respectivamente. "É uma área extensa e pouco habitada abrangida pelo pantanal, cujo tráfico de entorpecentes ocorre por meio de aeronaves que invadem o espaço aéreo e por veículos e pessoas que trafegam na fronteira seca transportando drogas", relata o documento.

A fronteira brasileira com países como Colômbia, Bolívia, Peru e Paraguai (grandes produtores de cocaína e maconha) tem uma dimensão de 11.627 quilômetros e abrange os estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Acre e Amazonas. Para toda esta dimensão, a Polícia Federal tem instaladas 14 delegacias, que contam com um efetivo de 708 agentes e 118 delegados. Ou seja, se estes policiais atuassem somente contra o tráfico, haveria uma relação de apenas um agente para cada 16 quilômetros e de um delegado para cada cem quilômetros de fronteira. Não foi revelado o número de policiais e delegados por unidade da PF.

"Contudo, esses policiais têm a competência de combater outros crimes além do tráfico de drogas. Adicionalmente, esses policiais trabalham, em média, oito horas por dia. Portanto, essa estimativa, apesar de revelar uma situação preocupante, não retrata a realidade, que tem se mostrado bem mais problemática".

Outro fator que prejudica a ação policial na fronteira, segundo o relatório, é a alta rotatividade de policiais nesta localidade. Geralmente, o tempo médio de permanência de um policial nesta região é de três anos, mas este tempo vária de caso em caso. Em Mato Grosso, por exemplo, a permanência média de um policial federal na região é de 2,4 anos






URL Fonte: http://toquedealerta.com.br/noticia/17592/visualizar/