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SEGURANÇA
Quinta - 29 de Dezembro de 2011 às 13:35

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Para coibir a utilização indevida dos 983 quilômetros de fronteira seca e alagada que separa o Brasil da Bolívia, da entrada de produtos que fomentam o tráfico de drogas no País, Mato Grosso conta com a força do Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron). O trabalho diário dos policiais do Gefron permitiu que em 2011, drogas, armas, munições, carros roubados e outros materiais fossem impedidos de cruzarem a fronteira dos dois países.

De Janeiro a Novembro de 2011, o Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron) registrou 353 ocorrências. Entre os crimes estão contrabando e descaminho bens e valores, veículos recuperados, invasão de propriedades e tráfico de drogas e armas. Segundo o Gefron, em 11 meses, 104 armas e 1.741 munições foram tiradas de circulação na região.

Um exemplo da atividade corriqueira foi à apreensão feita nesta segunda-feira (26.12), pelos policiais de uma pistola ponto 40, com dois carregadores municiados com 30 munições. A arma estava em um veículo ocupado por quatro pessoas que trafegavam próximo da fazenda Moinho, no assentamento Novo Fortuna, em Vila Bela da Santíssima Trindade (521 km a Oeste). Além da arma, os policiais localizaram ainda U$$ 161 mil dólares escondidos no console do banco do carro.

Além de armas e munições, o Gefron apreendeu mais de 149 quilos de entorpecentes durante o ano. As drogas são encontradas nas mais diversas formas, sempre sob a responsabilidade de uma "mula", nome dado a pessoa usada por traficantes para transportar a droga até o seu destino final. Ainda em 2011, o Grupo Especial de Segurança na Fronteira apreendeu a quantia de R$ 113.445,00 , U$ 320.115,00 e mais de 1 mil pesos bolivianos.

GGI Fronteira


O Governo do Estado criou no dia 05 de dezembro, no município de Cáceres, o primeiro Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira (GGI-F). A instalação do Gabinete estava prevista dentro da proposta do Plano Estratégico de Fronteira, lançado este ano pelo Governo Federal, com objetivo de reduzir os índices de criminalidade e o enfrentamento ao crime organizado por meio da atuação integrada das instituições dos Ministérios da Justiça e da Defesa, além da cooperação com os países que fazem fronteira com o Brasil, no fortalecimento da prevenção, controle, fiscalização e repressão dos delitos transfronteiriços.

A faixa de fronteira brasileira caracteriza-se geograficamente por 150 quilômetros de largura ao longo de 15.719 quilômetros, abrangendo 11 unidades da Federação e 588 municípios, reunindo um universo de 10 milhões de habitantes. Dentro dessa conjuntura e da proposta do Governo Federal, o Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira veio para mudar o panorama de ações da Segurança no Estado, levando para o fórum deliberativo, problemáticas relacionadas aos 28 municípios localizados nos 983 quilômetros de fronteira seca e alagada entre Mato Grosso e a Bolívia.

O GGI-F de Cáceres é o terceiro implantado no Brasil, após Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, e vai reunir prefeitos e secretários executivos dos Gabinetes de Gestão Integrada dos municípios de fronteira, além de integrantes de várias entidades do âmbito estadual e federal, como Marinha e Aeronáutica, e forças da segurança que já atuam permanentemente na faixa de fronteira, como o Gefron e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), na resolução de problemas ligados à fronteira e no combate ao tráfico de entorpecente.

Atividades ilegais como contrabando e descaminho de bens e valores, roubos e furtos de veículos, invasão de propriedades, tráficos de drogas e armas, são alguns dos crimes típicos da zona de fronteira, que deságuam no Estado de Mato Grosso através de contraventores e criminosos, que utilizam dos mais diversos meios para burlar a fiscalização.

Através do Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira (GGI-F), os municípios da região fronteiriça poderão viabilizar recursos junto ao Governo Federal para investimentos em equipamentos, armamento, câmeras de videomonitoramento, entre outros benefícios.

Criado pelo Decreto Estadual nº 811 de 10/11/2011, o GGI-F tem por finalidade facilitar a coordenação do sistema único de Segurança Pública na área de influência fronteiriça do Estado, atendendo as orientações do Plano Estratégico de Fronteiras, promovendo a presença permanente das instituições de Segurança Pública na região de fronteira, tornando ágil e eficiente os canais de comunicação e decisão no âmbito da segurança pública na faixa de fronteira.

Plano Estratégico de Fronteira

O Plano Estratégico de Fronteira foi lançado no dia 08 de junho deste ano pela presidência da República e prevê uma série de operações integradas entre os órgãos de segurança pública federais e as Forças Armadas para prevenir e reprimir ilícitos transnacionais. Pela primeira vez com coordenação conjunta, as Forças Armadas se integram às forças federais de segurança pública para atuar em operações nas áreas fronteiriças.

Os objetivos centrais do Plano Estratégico são a redução dos índices de criminalidade e o enfrentamento ao crime organizado por meio da atuação integrada das instituições dos ministérios da Justiça e da Defesa, além da cooperação com os países que fazem fronteira com o Brasil.

Diariamente, diversos veículos, motos, ônibus trafegam entre o Brasil e Bolívia, passando por Mato Grosso, e são fiscalizados nas barreiras fixas do Grupo Especial de Segurança de Fronteira (Gefron) como o Posto do Limão, Avião Caído, Vila Cardoso e Matão, estruturas montadas pela Segurança Pública do Estado para impedir a entrada de produtos ilícitos no País.

O Gefron conta ainda com os postos em parceria com o Indea, como Corixa, Corixinha, Las Petas, Ponta do Aterro, Marfil e Fortuna. Os homens do Grupo Especial de Segurança de Fronteira atuam numa extensão de 750 quilômetros de limite seco e 233 alagados, fazendo a segurança de 28 municípios na faixa de fronteira, atendendo uma população de 457.606 mil habitantes.






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