Toque de Alerta - toquedealerta.com.br
SEGURANÇA
Segunda - 26 de Dezembro de 2011 às 12:22

    Imprimir


Marcos Vergueiro/Secom-MT
1º Curso de Adestramento de Cães para Faro de Drogas, da DRE
1º Curso de Adestramento de Cães para Faro de Drogas, da DRE

A Delegacia Especializada de Entorpecentes (DRE), da Polícia Judiciária Civil, apresentou crescimento nas investigações de tráfico de drogas. Em 2011, a unidade instaurou cerca de 700 inquéritos policiais, 37 termos circunstanciados de ocorrência e cumpriu mais de 60 mandados de prisão em operações policiais. Em números de apreensões a DRE retirou do mercado 555.798 quilos de drogas - 253 quilos de cocaína e 303 quilos de maconha. No ano de 2010 foram instaurados 555 inquéritos policiais, 30 TCO e efetuadas 62 prisões por mandados.

Dezenove por cento do total de 583 pessoas indiciadas por tráfico de entorpecentes até início de dezembro de 2011, pela Delegacia, são mulheres. Neste ano, 94 mulheres responderam inquérito policial na Especializada e 489 homens foram indiciados, representando 83,87 %.

Para a delegada titular da Especializada, Alana Cardoso, os números não representam aumento da ação dos traficantes e nem no volume de drogas circulando, mas sim intensificação do trabalho ostensivo da Policia Militar e das investigações da Policia Civil. “Com o aumento de policiais ostensivos, da Polícia Militar na rua, aumentou, principalmente, o volume de apreensões de drogas nas chamadas bocas de fumo, que é a comercialização da droga em quantidade pequena para o usuário”, explica a delegada.

Os índices também são comprovados pelo crescimento de cerca de 20 a 30% na emissão de laudos periciais da Pericia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e das prisões em flagrante. “Isso não significa que a quantidade de droga tem aumentado. Não podemos fazer essa conclusão. O que podemos concluir é que a polícia tem trabalhado mais, sem dúvida, tanto a Polícia Militar quanto a Polícia Civil”, ressalta a delegada Alana Cardoso.

O comércio de drogas se tornou um negócio familiar, que passa do marido para a mulher e para os filhos, quando o chefe da família é preso. O delegado Gustavo Garcia Francisco disse que o tráfico "formiguinha" que movimenta a cadeia familiar é foco de investigações da DRE. “Ano passado e neste ano fizemos algumas operações voltadas à identificação de famílias inteiras que atuavam no tráfico de drogas. Deflagramos uma operação onde uma família compostas por pai e filhos foi presa e a gente continua monitorando esse tipo de atividade aqui na região de Cuiabá e Várzea Grande”, destacou o delegado.

Para o delegado Gustavo Garcia Francisco há diferentes tipos de traficantes que atuam de formas distintas. Tem o traficante usuário de droga, que faz o tráfico formiguinha em Cuiabá e Várzea Grande, e que são homens e mulheres, cuja rentabilidade desse comércio é pequena em razão do custeio das despesas do consumo. “Agora tem o tráfico de maior monta, que é o tráfico fornecedor de drogas para bocas de fumo daqui.É um tráfico mais consistente, mais organizado e ainda o tráfico de fronteira”, disse o delegado

O delegado explica a que repressão às bocas de fumo, ao tráfico doméstico, é um trabalho importante, pois é algo que incomoda a sociedade. Mas a DRE busca focalizar as ações, principalmente, nos fornecedores de drogas dos pontos de distribuição. “Quando retiramos de circulação 3, 4, 5 quilos de um fornecedor, a gente está retirando drogas que iria abastecer 20, 30, 40 bocas de fumo da Grande Cuiabá”, salienta.

Fronteira

O mapeamento das principais rotas de tráfico de drogas e investigações complexas na fronteira também estão no planejamento da DRE. A unidade já identificou traficantes que residem na faixa de fronteira. “Não é um trabalho de visibilidade, não é um trabalho ostensivo a de fronteira do Brasil com a Bolívia e mantém vigilâncias de suas atividades criminosas. O resultado foram prisões e apreensões de grandes quantidades de drogas. É um trabalho, sobretudo, de investigação das técnicas de inteligência”, destaca.

O delegado frisa que a Polícia Civil vai continuar desenvolvendo ações para reprimir o tráfico de fronteira. “Porque acaba repercutindo em Cuiabá e Várzea Grande e em todas as cidades de Mato Grosso e em outras cidades do Brasil. Existe uma conexão entre o tráfico internacional, interestadual e intermunicipal. Já identificamos essa questão também”, finalizou Gustavo.

Prevenção

As ações de prevenção ao uso de drogas e repressão ao tráfico de drogas estarão alinhadas em 2012. A Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE) voltou a coordenar as atividades do programa De Cara Limpa Contra as Drogas, da Polícia Judiciária Civil.

Em dois anos consecutivos de trabalhos desenvolvidos em escolas da Região do Pedra 90, o programa De Cara Limpa Contra as Drogas chegou a marca de 12 mil crianças e adolescentes atendidas com as atividades preventivas de uso de drogas. No dia 02 de dezembro, o programa encerrou as ações efetivadas em 15 escolas e 3,5 mil alunos beneficiados com oficinas de coral, violão, teatro e palestras sobre variados temas.

Denúncias de tráfico de drogas podem ser feitas pelo disque-denúncia, 197 ou 3901-3451, da DRE.






URL Fonte: http://toquedealerta.com.br/noticia/18025/visualizar/