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POLÍCIA
Quinta - 17 de Novembro de 2011 às 16:29

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Assessoria/PJC-MT
Homicídio triplamente qualificado mediante recompensa, por motivo torpe, sem defesa da vítima e tráfico de drogas. Crimes que irão responder os três presos pelo assassinato da empresária Ângela Cristina Peixoto da Silva, 32, ocorrido na madrugada de quarta-feira (16.11), no bairro Jardim Presidente I, no Coxipó.

A vítima foi assassinada por mais de doze facadas, todas efetuadas pelas costas, na região do tórax e pescoço. O crime foi desvendado pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERRFVA) em conjunto com a Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), que prendeu após o enterro da vítima, no Cemitério Parque Bom Jesus, o marido da vítima, Damião Francisco Rezende, 33, que encomendou a morte da mulher aparentemente por motivos financeiros.

O marido teria encomendado a morte da empresária há cerca de um mês aos dois executores, Maycon José Cardoso Nogueira, 22, e Daniel Paredes Ferreira, 20. O crime foi planejado para transparecer um latrocínio (roubo seguido de morte) e assim foi executado. Os criminosos entraram na casa da família, na noite de terça-feira (15), renderam o casal, mataram a mulher com diversas facadas, roubaram aparelhos eletrônicos e produtos da casa e depois saíram na caminhonete S-10 da família.

Os dois executores foram presos na cidade de Miranda, em Mato Grosso do Sul, quando foram barrados pela Polícia Rodoviária Federal e encaminhados ao Grupo Armado de Repressão a Roubo a Banco (GARRAS), da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, que lavrou o flagrante dos dois presos, que seguiam para aquele estado com a S-10 roubada da casa da vítima.

O fato de a vítima ser separada do marido, durante a ação dos bandidos, causou estranheza na polícia e também a escolha da arma do crime, faca em vez de arma de fogo. “Nos causou estranheza a maneira que o fato aconteceu. Então em um trabalho realizado por nós em conjunto com a Delegacia de Homicídios, chegamos a conclusão que se tratava de um homicídio qualificado. Isso corroborado por informações prestadas pelo GARRAS, da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul”, disse o delegado Anderson  Clayton da Cruz e Veiga,  adjunto da DERRFVA.

Conforme o delegado, o crime foi encomendado por R$ 3 mil, mais os objetos levados da casa. “O que os autores dessem conta de levar da casa da vítima”, complementou Anderson Veiga. “Eles (os executores) falaram com detalhes a maneira como foi ajustado, o preso para o homicídio, a maneira como foi executado. Então, não resta dúvida com relação à autoria dessas três pessoas que estão presas”, declarou o delegado.

Apreensão

Em buscas em uma quitinete, no bairro Grande Terceiro, em Cuiabá, os policiais encontraram um verdadeiro laboratório de refino de drogas. Quase 15 quilos de pasta-base foram apreendidos e vários componentes químicos utilizados para aumentar o entorpecente. No local, morava Maycon José Cardoso Nogueira, 22, um dos executores do crime, que cometeu o crime na companhia de Daniel Paredes Ferreira, 20.

Ainda na casa os policiais encontraram roupas sujas de sangue, que supostamente teria sido usado no dia pelos bandidos, capuz do tipo bala-clava, farda do Exército Brasileiro, notebook, duas TVs de 14 e 42 polegadas, vidros de éter etílico, ácido clorídrico, prensa para fazer os tabletes de droga, entre outros produtos.

As roupas foram encaminhadas a exame de DNA e droga será encaminhada à Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), que investigará atividade de tráfico de drogas dos executores.





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