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MEIO AMBIENTE
Terça - 14 de Junho de 2011 às 20:42
Por: MARIA BARBANT

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Marcos Vergueiro
Durante a reunião Maia falou sobre a importância da participação de cada órgão nas ações.
Durante a reunião Maia falou sobre a importância da participação de cada órgão nas ações.

O secretário de Estado do Meio Ambiente, Alexander Torres Maia reuniu nesta terça-feira (14.06), na sede da Sema, representantes dos órgãos envolvidos nas ações de monitoramento, combate e fiscalização das queimadas. Durante a reunião Maia falou sobre a importância da participação de cada órgão nas ações que pretendem reduzir o número de focos de queimadas no estado em 65% em relação ao ano passado. “O combate às queimadas não depende apenas das ações do Governo do Estado ou da Secretaria de Meio Ambiente. O conjunto da sociedade e os órgãos públicos em todos os níveis de governo precisam estar envolvidos nas ações”, enfatizou Alexander Maia.

Durante a reunião a superintendente de Monitoramento de Indicadores Ambientais, Elaine Corsine e o coordenador do Comitê de Gestão do Fogo, tenente coronel Dercio Santos da Silva apresentaram dados relativos às queimadas nos últimos quatro anos, até 2010.

Em 2007 por exemplo, os municípios onde foram detectados maior número de focos de calor foram São Félix do Araguaia, Vila Rica, Cocalinho, Colniza e Ribeirão Cascalheira. Em 2008, São Félix do Araguaia, Nova Maringá, Colniza, Nova Ubiratã e Cáceres. Em 2009, os maiores números de focos de calor foram registrados em Nova Ubiratã, Colniza, Nova Maringá, Nova Bandeirante e Gaúcha do Norte e, no ano passado, nos municípios de São Félix do Araguaia, Cocalinho, Ribeirão Cascalheira, Paranatinga e Novo Santo Antônio.

 

Segundo dados relacionados à saúde, de 2005 a 2010, o estado gastou com internações hospitalares causadas por doenças respiratórias R$ 95 milhões. Nesse ano, foi registrado um aumento de 300% em atendimentos de nebulização e o índice de mortalidade por doenças respiratórias em crianças de até 5 anos foi de 30%.

Em 2008, a Sema monitorou 48,92% da área do Estado. Desse total, o órgão ambiental detectou 1,4 milhões de hectares queimados em 91 municípios. No ano passado, dos 54,6% da área total do Estado que foram monitorados a Sema detectou 5,1 milhões de hectares queimados, em 99 municípios.

Diante dos números apresentados, o secretário ressaltou a importância da ação de todos os órgãos. “Este ano estamos priorizando as ações preventivas”, salientou Alexander Maia. Entre elas a realização de aceiros nas principais rodovias estaduais e federais levando-se em conta a concentração populacional e as áreas mais críticas do Estado, além das propriedades rurais; a ampliação das brigadas indígenas; intensificação das ações de prevenção e estruturação nas áreas de assentamentos.

O secretário falou também das ações que o Estado já vem realizando por meio do Programa “Mato Grosso unido contra as queimadas” entre elas a realização de audiências públicas nos principais polos regionais. Maia lembrou ainda os cursos de capacitação de brigadistas que já formaram 150 voluntários, aptos a serem contratados, a contratação de aeronaves (a previsão é de sejam locadas cinco, no valor de R$ 1,2 milhões) e, a contratação de brigadistas por parte do Governo do Estado para atender as universidades de conservação estaduais.

O secretário falou também dos investimentos feitos pelo Estado nos últimos anos em ações de monitoramento, fiscalização e combate às queimadas. “Somente no ano passado, os investimentos para as ações de combate as queimadas chegaram a R$ 6 milhões, por parte do Governo do Estado. Para 2011 a previsão é que sejam gastos em torno de R$ 8 milhões,” disse o secretário lembrando que outros órgãos também deveram fazer outros investimentos.

ANTECIPAÇÃO - Durante a reunião o secretário falou ainda sobre a possibilidade de antecipação e prorrogação do período proibitivo para queimadas. “Diante das condições climáticas adversas na Região Centro Oeste, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o período poderá ser antecipado para o dia 01 de julho, com termino no dia 30 de outubro”.

Maia explicou que a sugestão e todas as informações técnicas que a embasam serão analisadas na próxima reunião do Comitê de Gestão do Fogo, marcada para o dia 22 de junho, às 9:00 horas, no Auditório do Parque Estadual Massairo Okamura. Após a analise dos integrantes do Comitê, se a aceita, será encaminhada para o Governador Silval Barbosa.

Participaram da reunião o superintendente regional do Ibama, Ramiro Martins Costa; o coordenador da Funai, José Eduardo; o superintendente regional do Dnit, Nilton de Brito; o presidente do Intermat, Afonso Dalberto; o diretor operacional do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso, cel BM Julio César Rodrigues;  o superintendente regional do Incra, Willian Cesar Sampaio; o superintendente da Defesa Civil de Mato Grosso, tenente coronel Sergio Roberto Delamônica Correa; o presidente da Famato, Rui Prado; o diretro executivo do Sindalcool, Jorge dos Santos; o coordenador de Assistência Técnica da Empaer, Marcio Gaio; a gerente de Educação Ambiental da Seduc, Regina Costa e representantes do ICMBio e da Secretaria de Transportes e Pavimentação Urbana.

 

Em relação à distribuição dos focos de calor por área de ocorrência, em 2007, 25% dos focos de calor foram registrados em áreas cadastradas no banco de dados do Sema; 14% nos assentamentos do Incra; 4% em unidades de conservação e 9% em terras indígenas. Nesse ano, 48% dos focos foram registrados em outras áreas. Em 2010, 38,75% dos focos de calor foram registrados em áreas cadastradas no banco de dados da Sema; 12,22% em terra indígenas; 10,80% em assentamentos do Incra e 8,30% em unidades de conservação, o restante 29,33%, em outras áreas.






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