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SEGURANÇA
Segunda - 02 de Maio de 2011 às 11:15

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Foto: Reuters
Mapa mostra localização da casa onde foi encontrado Osama bin Laden
Mapa mostra localização da casa onde foi encontrado Osama bin Laden

Por quase uma década os Estados Unidos caçaram Osama bin Laden, a cabeça mais almejada pelos serviços de segurança e investigação norte-americanos. Por quase uma década, as informações foram difusas e contraditórias e, pouco mais se sabia além de que o líder da Al-Qaeda estaria escondido, de alguma forma, em algum local entre o Paquistão e o Afeganistão.

Foi através do principal mensageiro pessoal de Bin Laden que a caçada ao terrorista chegou ao fim neste domingo, 1º de maio. Segundo informações dos jornais The New York Times e The Guardian, tudo começou quando as autoridades investigativas norte-americanas tomaram conhecimento do emissário através de depoimentos de prisioneiros na Baía de Guantánamo.

O caminho para Bin Laden

O mensageiro - cujo nome permanece não revelado - passou a ser conhecido do governo dos EUA há quatro anos, mas somente dois anos depois descobriu-se a região em que ele atuava. Segundo as informações dos jornais, o mensageiro, em quem o terrorista confiava plenamente, era intimamente ligado a Bin Laden.

O passo decisivo veio em agosto do ano passado, quando o serviço de inteligência americano localizou com precisão a base de operações do mensageiro: um composto bélico em Abbottabad, uma cidade de meio porte, localizada a cerca de uma hora da capital paquistanesa, Islamabad. Após muitas semanas de intensa investigação, baseada em relatórios e fotos de satélite, concluiu-se que havia uma "forte chance" de que Bin Laden estivesse escondido numa mansão na cidade. A mansão, acreditam ainda, teria sido construída em 2005 especificamente para esconder o líder da Al-Qaeda.

Desde meados de março - ou seja, há cerca de seis semanas -, Obama participou de cinco encontros, realizados na Casa Branca, nos quais a operação do assalto a Bin Laden foi planejada. Nenhum governo estrangeiro - inclusive o paquistanês - foi avisado dos trabalhos para não prejudicar a operação.

A operação

Contrastando com os 10 anos de buscas incansáveis com o objetivo de coroar a "guerra contra o terror" inaugurada pelo ex-presidente George W. Bush, e após meses de pesado e secreto trabalho investigativo, a caçada a Bin Laden foi um serviço rápido: em apenas 40 minutos, soldados chegaram de helicóptero à mansão de Abbottabad e invadiram a casa.

Um dos principais desafios à operação era a altura e a espessura das paredes da casa, além das cercas de arame farpado que cercavam a residência. A parte principal da mansão tem três andares e poucas janelas. Vivia no local uma família, que, ao longo das investigações, foi identificada como a família de Bin Laden.

Quatro helicópteros americanos decolaram da cidade de Ghazi com tropas de elite e uma unidade de combate ao terrorismo participaram da operação. Quando chegaram à região da mansão, homens subiram ao terraço da mansão e dispararam foguetes. Houve explosões, mas, até agora, foi confirmado que somente um dos helicópteros pousou por problemas mecânicos.

O passo-a-passo da operação ainda não foi esclarecido. Sabe-se que as tropas invadiram a mansão - sem objetivo específico, de acordo com o jornal El País, de assassinar Bin Laden. Após a aproximação e a invasão das tropas, houve trocas de tiros. Bin Laden teria resistido ao ataque, mas acabou morto com um tiro na cabeça.

Na operação também morreu o mensageiro que possibilitou a operação, além de um irmão e um filho do líder. Uma mulher também teria morrido ao ser usada como escudo humano. Quatro crianças e duas mulheres foram levadas em uma ambulância. Após a operação, o helicóptero danificado foi destruído pelos soldados norte-americanos.

Bin Laden foi reconhecido por meio de seu rosto e teve seu corpo posto num helicóptero e levado embora do local. Pouco depois, o líder da Al-Qaeda e maior procurado pelo governo americano, foi sepultado no mar. A localização não foi informada.





Fonte: Reuters

URL Fonte: http://toquedealerta.com.br/noticia/20072/visualizar/