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CIDADANIA
Terça - 19 de Abril de 2011 às 11:16
Por: Roseli Garcia

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Foto: Divulgação
Dalva Botelho é atendida no Cras Tiradentes, unidade responsável por 131 famílias indígenas
Dalva Botelho é atendida no Cras Tiradentes, unidade responsável por 131 famílias indígenas
Um montante aproximado de R$ 9,7 milhões é transferido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) para beneficiários do Programa Bolsa Família nas comunidades indígenas. Os recursos se referem apenas ao repasse mensal pelo programa de transferência de renda, com valores corrigidos pela média de 19,4% em abril. Nessa conta, não estão incluídas todas as políticas públicas do MDS que atuam para a inclusão social da população pobre, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

O total de famílias indígenas atendido pelo Bolsa Família chegou a 84.797 em janeiro de 2011. Em um ano, foram incluídas quase 20 mil núcleos familiares dessas áreas no programa. A rede de proteção social do MDS inclui 339 Centros de Referência de Assistência Social (Cras) que atendem esses grupos em todo País.

Para combater a fome e estimular o acesso aos serviços de saúde e educação, o MDS definiu estratégias diferencia das para cadastramento de segmentos sociais mais vulneráveis, como povos indígenas e comunidades quilombolas, ainda em 2006. Todos os cuidados foram adotados pelos participantes em relação à questão cultural, ao respeito às crenças e aos hábitos desses segmentos. As ações de cadastros envolvem gestão municipal do Bolsa Família, técnicos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), governos estaduais, MDS e universidades.

Com o atendimento superior a 80 mil famílias, pode-se considerar que a estratégia diferenciada apresenta resultados positivos e que o Dia do Índio, neste 19 de abril, pode ser comemorado com maior extensão das políticas públicas aos indígenas. O Bolsa Família leva uma nova perspectiva de vida para os moradores dessas comunidades, aliando educação e saúde à renda. A experiência vivida por Dalva de Almeida Botelho, na comunidade indígena Darcy Ribeiro, em Campo Grande, ilustra as mudanças ocorridas também para esses beneficiários. Com o marido desempregado e trabalhando como diarista, Dalva Botelho estava passando por uma situação difícil há dois anos, quando foi incluída no Bolsa Família.

Estabilidade – “Na época, a gente não tinha renda e o Bolsa Família foi uma ajuda muito importante”, relata a beneficiária, que tem três filhos. A inclusão no programa de transferência de renda abriu novas oportunidades para a família Botelho. O marido conseguiu emprego como servente de pedreiro e a mulher passou a frequentar as oficinas do Projeto Ciranda – Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo – da Secretaria de Assistência Social de Campo Grande. A mulher e os filhos participam das atividades no Cras Tiradentes, localizado no bairro Noroeste.

Esse atendimento integrado da política social proporcionou uma nova perspectiva de vida para Dalva Botelho. Ela voltou a estudar – cursa o segundo ano do Ensino Médio – e pensa em fazer faculdade de Pedagogia. “Com o Bolsa Família, tenho estabilidade”, resume. Ela aplica o dinheiro recebido na compra de alimentos e de material escolar para os filhos.

O MDS transfere renda para mais d e 300 famílias indígenas em Campo Grande de um total de 29.869 beneficiadas pelo Bolsa Família na capital do Mato Grosso do Sul.





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