A “Atividade de Inteligência de Estado e de Segurança Pública” será tema do II seminário realizado nas comemorações do aniversário de 169 anos da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, entre os dias 18 e 19 de abril. Durante as celebrações, a Instituição vai também homenagear policiais e personalidades com a entrega de medalhas do Mérito Policial, nas categorias Ouro, Prata e Bronze, Medalhas do Mérito Especial e de Serviços Relevantes, instituídas para homenagear policiais e cidadãos que tenham contribuído para o crescimento da Instituição. Ao todo serão mais de 100 homenageados.
Muito discutida na atualidade, a Inteligência tem sido a solução adotada por várias organizações para atingir seus objetivos, sejam eles no campo estratégico, tático ou operacional, e por ser capaz de detectar ameaças e vulnerabilidade. Na Segurança Pública, especialmente na esfera policial, o uso da inteligência auxilia na prevenção, obstrução, identificação e neutralização de ações criminosas na investigação de ilícitos penais. A Inteligência é uma grande aliada no combate e controle do crime e da violência.
O seminário está dividido em três painéis (Inteligência de Estado, Inteligência de Segurança Pública e Inteligência Policial), cujos temas estão interligados e focando à Segurança Pública. Para o Seminário foram abertas 500 vagas, destinadas a policiais civis e instituições ligadas às áreas de Justiça, Segurança Pública, Agências de Inteligência como Receita Federal, Sefaz, Casa Civil, Detran, entre outros segmentos. Entre os inscritos estão magistrados, policiais, assessores de juizes federais, secretários e outros.
A delegada Alessandra Saturnino, uma das organizadoras do evento, disse que o Seminário vai reunir renomados profissionais da Segurança Pública para discutir o tema “Inteligência” no Estado de Mato Grosso. “São delegados e uma agente aposentada muito experientes, de grande credibilidade pela formação profissional e educacional”, afirma a delegada.
Conforme Saturnino, o II Seminário de Inteligência e de Segurança Pública busca fomentar a discussão acerca da atividade de inteligência no Estado de Mato Grosso, promovendo o intercâmbio de informações, a integração das instituições e conhecer novos eixos da inteligência no país. “O seminário vai ajudar a elevar o nível de conhecimento dos profissionais e incentivar os policiais a empregar as práticas na sua atividade”, comenta. “A inteligência hoje norteia todas as ações policiais, principalmente quando envolve delitos de maior complexidade ou planejamento de ações ativas e reativas”, explica a delegada Alessandra.
Entre os palestrantes está o delegado da Polícia Federal e atual secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, que vai ministrar palestra sobre a “Inteligência de Segurança Pública no Rio de Janeiro”, na manhã de terça-feira, 19 de abril, dentro do Painel “Inteligência de Segurança Pública”, coordenado pelo secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, Diógenes Curado Filho. O secretário vai abordar o trabalho realizado para a tomada de favelas dominadas pelo tráfico de drogas no Rio de Janeiro e a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP).
No primeiro dia, 18 de abril, o Capitão-de-Fragada, Fortunato Lobo Lameiras, da Escola Superior de Guerra (ESG), coordena o Painel “Inteligência de Estado”, que terá o delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Cláudio Armando Ferraz, como palestrante. O delegado é coautor do livro “A Elite da Tropa 2”, que trata do combate da organizações criminosas milicianas, que inspirou o filme a “Tropa de Elite 2”. A experiência vivida no Rio de Janeiro no combate as organizações criminosas como questões de Estado é o tema de sua palestra no seminário.
Em seguida a agente da Polícia Federal aposentada, Mônica Maria Ferreira Lacerda Barroso aborda, a “Contemporaneidade da Inteligência”, na segunda palestra da manhã de segunda-feira (18.04). A policial federal aposentada foi adida adjunta na representação diplomática da Polícia Federal junto a Embaixada do Brasil em Buenos Aires, na Argentina.
No período da tarde de segunda-feira, o delegado da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Marcínio Tavares Neto, fala da “A Organização como fonte de Inteligência: gerenciando o conhecimento”, e o delegado André Luis Tewfiq, sobre “O perigo do desvirtuamento da Inteligência de Polícia Judiciária e a usurpação das funções investigativas”. As palestras estão dentro do painel “Inteligência Policial”, coordenado pelo delegado da Polícia Civil de Mato Grosso, José Lindomar Costa, atualmente coordenador de Segurança da Agecopa.
No segundo dia, 19 de abril, o secretário adjunto de Inteligência da Sesp/MT, delegado Anderson Aparecido dos Anjos Garcia, irá abrir os trabalhos do painel “Inteligência de Segurança Pública” com a palestra sobre a “Inteligência de Segurança Pública no Estado de Mato Grosso”. Em seguida, às 9h20, o secretário do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, inicia sua palestra.
O Seminário encerra na manhã de terça-feira (19.04), por volta das 12 horas. No período da tarde, às 16 horas, 100 policiais civis serão agraciados com Medalhas do Mérito Policial” e personalidades que contribuíram com a Polícia Civil recebem medalhas do “Mérito Especial” e “Serviços Relevantes”, encerramento as comemorações do aniversário da Polícia Civil, na semana.
O II Seminário “A Atividade de Inteligência de Estado e de Segurança Pública”, acontece nos dias 18 e 19 de abril, no Centro de Eventos do Pantanal, Auditório das Borboletas.
Comemorações:
A Polícia Judiciária Civil comemora seu aniversário no mês de abril, conforme o Artigo 6º da Lei Complementar 407, que institui o dia 21 de abril como data comemorativa da Polícia Judiciária Civil, exaltando o vulto de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, Patrono da Polícia. A Polícia Civil é um dos órgãos criados em 1808 por D. João VI. No Estado de Mato Grosso, a Polícia Civil foi criada em 24 de maio de 1842, por portaria do Presidente da Província, sendo escolhido, politicamente, seu Chefe de Polícia, dentre os desembargadores, juízes de direito, subdelegados e cidadãos, uma vez que era obrigatória sua aceitação.
