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AGRICULTURA FAMILIAR
Sexta - 18 de Fevereiro de 2011 às 10:57
Por: SANDRA SANTHANNA

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O Governo do Estado por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf) tem realizado diversas ações em busca de fomentar o cultivo de dendê em Mato Grosso na expectativa que seja uma nova matriz econômica no Estado. Além das reuniões realizadas com frequência, estão sendo feitas visitas ‘in loco’ nas unidades de pesquisa dos municípios de Alta Floresta (800 km de Cuiabá) e Matupá (700 km da capital). As plantações nestes dois municípios deverão fazer parte do projeto piloto da Embrapa para desenvolver as matrizes e começar a produção em massa em Mato Grosso.

De acordo com o secretário da Sedraf, Jilson Francisco da Silva, antes da implantação da cultura do dendê, uma comissão será formada para visitar o Estado do Pará, no município de Tailândia onde existe a Agro Palma, empresa âncora referência na extração do óleo de dendê, onde a cultura do fruto é desenvolvida com sucesso. A intenção é acompanhar de perto o modelo e a estratégia implantados para investir em Mato Grosso. O agricultor no Pará que cultiva dendê em 10 hectares, tem uma renda líquida de aproximadamente R$ 2 mil reais mensais.

O plantio de dendê é também uma alternativa rentável para os agricultores familiares. “Trata-se de um projeto extremamente importante para Mato Grosso pela oferta de novos investimentos. O dendê começa a produzir com 36 meses após o plantio e pode ser consorciado com outras cultivares”, destaca o secretário adjunto do Programa de Desenvolvimento Regional, da Sedraf, Renaldo Loffi.

Após um levantamento da Embrapa foi constatado que a região é propícia para transformar essa cultura em fonte de muita renda. Mato Grosso possui um zoneamento para o plantio do dendê em 200 mil hectares de área preferencial e 6 milhões de hectares de área potencial e de acordo com os técnicos o produto poderá se transformar em uma nova matriz econômica e impulsionar inclusive a agricultura familiar.

O cultivo do dendê nas áreas já desmatadas da Amazônia é reconhecido como uma excelente alternativa, como suporte ao projeto governamental de ampliação e diversificação das cadeias produtivas do Estado. “Como consequência, diminui a pressão sobre a floresta e propicia o melhor aproveitamento das áreas desmatadas”, afirmou o secretário Jilson.

A proposta está direcionada à geração de renda, ocupação de áreas desmatadas, além da melhoria da qualidade de vida dos produtores rurais. A mesma atitude foi implantada por alguns Estados da região Norte do país a fim de atender o mercado de óleos.

FINANCIAMENTO BANCO DO BRASIL

O Banco do Brasil tem uma linha de crédito específica para essa cultura, trata-se do Pronaf –F dendê, que é de R$ 65 mil reais por beneficiário, com juros de 2% ao ano, além de seis anos de carência e mais oito para começar o pagamento da dívida.

VISITA AO PARÁ

Uma comitiva de Mato Grosso composta por técnicos fará uma visita à empresa Agro Palma, no Pará, para avaliar todo o processo, desde a plantação, produção, até a fase final da extração do óleo na empresa para implantar um modelo semelhante em Mato Grosso.

O PROJETO

A proposta prevê a implantação de uma indústria, ou seja, empresa âncora que comprará todo o produto proveniente da Agricultura Familiar. A instalação do polo industrial será instalada em um raio de pelo menos 50 quilômetros das cidades que receberam a cultura do dendê para que haja bom desempenho em termos de logística.

O PRODUTO

O principal produto do dendezeiro é o óleo extraído industrialmente da polpa do fruto - óleo de palma internacionalmente conhecido como palm oil - cuja demanda vem crescendo de forma acelerada e consistente há quase dez anos. As características especiais desse produto conferem-lhe grande versatilidade, o que possibilita sua aceitação por indústrias mundiais diversas.

A cultura do dendezeiro é, provavelmente, a de maior potencial de crescimento no mundo dentre as culturas de significado econômico. Sua rentabilidade tem sido boa e os preços tem-se mantido estáveis em torno de USS 450/tonelada de óleo de palma devido ao aumento de produção que tem acompanhado o crescimento do consumo.






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