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MEIO AMBIENTE
Quarta - 12 de Janeiro de 2011 às 10:19
Por: Jaime Neto

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Além da construção das pontes serão reconstituídos os canais (corixos) para permitir o fluxo da água do rio Cuiabá até a
Além da construção das pontes serão reconstituídos os canais (corixos) para permitir o fluxo da água do rio Cuiabá até a

O deputado Sérgio Ricardo (PR), presidente da Comissão de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Recursos Minerais da Assembléia Legislativa, comemorou o início da construção da ponte sobre o corixo Lueggi na estrada vicinal que liga a cidade de Barão de Melgaço à região de Estirão Cumprido e Porto Brandão naquele município (121 Km de Cuiabá). Em um mês também estará concluída a ponte sobre o rio Chacororé.

A Baía de Chacororé, a maior do Pantanal, possui uma superfície de lâmina d’água de cerca de 11.000 hectares no período de estiagem, mas no ano passado, chegou a registrar uma das maiores secas da sua história, não ultrapassando a quatro mil hectares.

Em setembro, Sérgio Ricardo convocou a Sema (Secretaria Estadual de Meio Ambiente) e a Sinfra (Secretaria Estadual de Infraestrutura) para uma vistoria “in loco” dos fechamentos de rios e corixos que alimentam de água a Baía de Chacororé.

Após esta visita ficou comprovado que a falta de chuva prolongada somada a ação predatória do homem com o fechamento de corixos para construção de estradas e a danificação de barragens destinada a conter o fluxo de água da baía de Chacororé para a vizinha Siá Mariana gerou um quadro desolador.

“A estrada interrompeu o fluxo das águas do rio Cuiabá que por meio dos corixos alimentava da Baía de Chacororé. A construção das pontes e as obras de desobstrução dos corixos são fundamentais não só para irrigar a lagoa como abastecê-la de peixes e nutrientes, sem os quais ela seria apenas um reservatório sem vida”, destacou Sérgio Ricardo.

Segundo Rafael Teodoro, Analista de Meio Ambiente da Sema, após a vistoria técnica, foram recuperadas três barreiras, duas no corixo do Mato e outra no corixo Tarumã, que vão assegurar o volume d’água evitando, assim, a seca na baía de Chacororé.

Rafael destaca que além da construção das pontes serão reconstituídos os canais (corixos) para permitir o fluxo da água do rio Cuiabá até a lagoa e outra ação será a limpeza do rio Água Branca que irriga a lagoa. “Com estas ações a lagoa não secará mais”, atestou.

Já a reabertura de outros corixos na região como o Caiçara, Côco Chato e Uva dependerão de estudos mais aprofundados, pois há controvérsias sobre a questão a partir de opiniões diferentes de técnicos da SEMA e UFMT, pois envolve a gestão do lixo que poderá adentrar à Baia pelos canais, a erosão de áreas atualmente sem cobertura vegetal e a situação das famílias e pequenas propriedades que poderão à principio ser expostas com mais gravidade a inundações no período das cheias.






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