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POLÍTICA
Domingo - 04 de Julho de 2010 às 20:58

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Jornalista, fundador e principal dirigente do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), Mário Alves
Jornalista, fundador e principal dirigente do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), Mário Alves

O ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), inaugura no Rio de Janeiro (RJ), nesta segunda-feira (5), às 18 horas, um memorial em homenagem ao jornalista Mario Alves, preso no DOI-CODI/RJ e morto nas dependências do quartel da Rua Barão de Mesquita, em 1970. O memorial é uma parceria entre a SDH/PR, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Agência Livre para Informação, Cidadania e Educação e o Fórum de Reparação e Memória do Rio de Janeiro. A inauguração será na sede da ABI – Rua Araújo Porto Alegre, 71, no centro do Rio de Janeiro.

Jornalista, fundador e principal dirigente do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), Mário Alves nasceu em Sento Sé (BA). Iniciou sua militância política aos 16 anos e foi um dos fundadores da União dos Estudantes da Bahia. Ingressou no Partido Comunista em 1939 e chegou à Comissão Executiva em 1957. Dirigiu os jornais Voz Operária e Novos Rumos, ambos do partido. Em 1964, foi preso por um ano no Rio de Janeiro e, em 1966, teve seus direitos políticos cassados por 10 anos. Em 1968, fundou o PCBR, junto com Apolônio de Carvalho, Jacob Gorender e outros dissidentes do PCB. Foi morto em 1970, após ser submetido a uma violenta sessão de tortura.

O memorial em homenagem a Mario Alves integra as ações do Projeto Direito à Memória e à Verdade, conduzido pela Secretaria de Direitos Humanos desde 2006 com o objetivo de recuperar a memória dos anos em que o país viveu uma ditadura militar marcada pela violência e violações de direitos humanos. Este será o 21° memorial inaugurado no país e o terceiro no Rio de Janeiro. A cidade já abriga uma homenaem a Edson Luis, primeiro estudante morto pela ditadura militar, em 1968, e outra em homenagem à secretária da Ordem dos Advogados do Brasil, Lyda Monteiro, que foi vítima de uma carta-bomba na sede da OAB, em 1980. A morte da secretária acabou virando um símbolo da luta pela redemocratização do país.

Além dos memoriais, o projeto Direito à Memória e à Verdade da SDH tem mais duas linhas de ação: a exposição “A Ditadura no Brasil – 1964/1985”, que já passou por mais de 60 cidades brasileiras, e a produção de publicações que contam a história daquele período. Até o momento, já foi produzido um livro-relatório com todos os casos aprovados pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos e publicações específicas com as histórias de afrodescentes; crianças e adolescentes; e mulheres vítimas da ditadura. 






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