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POLÍTICA
Segunda - 22 de Março de 2010 às 13:01

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Em Mato Grosso, Abicalil quer desistência de colega do PT para disputar o Senado
Em Mato Grosso, Abicalil quer desistência de colega do PT para disputar o Senado

Os diretórios estaduais do PT terão mais uma semana no Rio de Janeiro, e duas em Pernambuco e Mato Grosso para definir, por consenso, os nomes da legenda ao Senado nas eleições de outubro. O prazo servirá para que os pré-candidatos costurem acordos para evitar as prévias partidárias. A orientação do Diretório Nacional é de que as escolhas não sejam definidas pelo voto dos militantes, para evitar rachas e divisões que atrapalhem a aliança nacional em torno da candidata petista ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff. A situação nos três estados com prévias marcadas, porém, não caminha para um consenso.

No Rio de Janeiro, a ex-governadora Benedita da Silva e o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, medirão forças no domingo, 28. Antes, a dupla de pré-candidatos participará de dois debates para tentar atrair a militância. Nas pesquisas encomendadas pelo partido, os dois têm percentuais próximos de intenções de voto e estão tecnicamente empatados. Benedita leva pequena vantagem, 24% contra 21% de Lindberg.

"Claro que o consenso, na teoria, é possível. Mas já falei com o diretório nacional que santo de casa não faz milagre. Aqui no Rio não temos mais capacidade de convencimento para um acordo", admite o presidente estadual da legenda, o deputado federal Luiz Sérgio. O diretório regional do Rio de Janeiro espera que pelo menos 20 mil militantes votem nas prévias para o Senado.

A solução para as disputas em Pernambuco e em Mato Grosso foi empurrada para o domingo, dia 18. Nos dois estados, o partido decidiu encampar candidaturas de partidos aliados na disputa nacional em torno de Dilma Rousseff. Os petistas devem apoiar a reeleição de Eduardo Campos (PSB), em Pernambuco, e o atual vice-governador deMato Grosso, Silval Barbosa (PMDB). Com o reforço às campanhas aliadas, sobrou para os petistas mais expoentes dos estados a chance de tentar garantir uma cadeira no Senado para os próximos oito anos.

Briga boa

Em Pernambuco, disputam a indicação ao Senado o ex-ministro da saúde Humberto Costa e o ex-prefeito de Recife (PE) João Paulo. Em pesquisa feita pelo Instituto Maurício de Nassau, em novembro de 2009, o ex-prefeito apareceu à frente do atual senador Marco Maciel (DEM-PE), com 45% a 44%, somadas as intenções de voto para o primeiro senador e para o segundo – em outubro o eleitor escolherá dois senadores por estado. O nome de Humberto Costa não foi testado.

A disputa em Mato Grosso envolve a atual senadora Serys Shlessarenko e o deputado federal, e presidente estadual da legenda, Carlos Abicalil. Na última pesquisa do Instituto Centro-Oeste para o Senado, no fiml do ano passado, Shlessarenko teve 31,4% das intenções de voto, contra 23,81% de Abicalil.

Os dois candidatos devem se reunir com o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, antes da disputa interna. "O presidente do partido pediu que nós não partíssemos para a prévia antes de um encontro com ele, no fim do mês", explica Abicalil.

REGRAS
Pelo estatuto do PT, as prévias são realizadas quando há mais de um pré-candidato às eleições majoritárias. Quando existe mais de um postulante à vaga, o documento prevê a realização de segundo turno. O resultado é confirmado quando houver comparecimento mínimo de 15% dos filiados em nível municipal e 50% em nível estadual e federal. Quando mais de 1/3 dos membros do diretório apresentar proposta de apoio a candidaturas de partidos aliados, um encontro deve anteceder as prévias, para definição da política de alianças e da tática eleitoral.






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