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CULTURA
Segunda - 17 de Abril de 2017 às 09:21
Por: Redação TA c/ Secom-VG

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Foto: SECOM-VG

Em um mundo que exige cada vez mais tempo dos pais no trabalho, no trânsito e em inúmeras outras atividades, a grande preocupação é onde deixar os filhos durante este período. Uma das soluções que vêm sendo adotada pela Secretaria Municipal de Educação, Esporte, Cultura e Lazer é a Escola em Tempo Ampliado (ETA). O projeto foi adotado pela rede pública municipal de ensino, e deve ganhar cada vez mais espaço na vida dos estudantes de Várzea Grande, o que oferece aos alunos mais tempo para o aprendizado.

O objetivo da ETA vai muito além de manter o aluno na escola. O projeto é desenvolvido com atividades extra­classe – oficinas de letramento, raciocínio lógico, informática, horta, expressão corporal, música, teatro, iniciação desportiva, arte e artesanato - que auxiliam no desenvolvimento intelectual e social do aluno, além de oferecer ao aluno a oportunidade de desenvolvimento em outras áreas, como esportes, artes, lazer, entre outras.

As oficinas de teatro da Escola em Tempo Ampliado (ETA) da Escolas Municipais de Educação Básica (EMEB) “Gonçalo Domingos de Campos - Caic” e “Dirce Leite” têm demonstrado experiências exitosas de progresso no ensino das artes teatrais. Os alunos destas unidades já se profissionalizaram e estão realizando apresentações em outras unidades escolares. Os alunos, nestes dias que antecedem a Páscoa, se apresentaram com a oficina de teatro, Paixão de Cristo, para cerca de 980 alunos das escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs).

O ETA foi implantado em Várzea Grande em outubro de 2015, e atualmente atende 9 unidades escolares, onde já é notório melhor desempenho escolar e comportamental, além de nova perspectiva de vida para os alunos destas unidades. As oficinas possibilitam o desenvolvimento de habilidades e talentos no universo infanto-juvenil e o acesso à arte e cultura.

A oficina de teatro da EMEB “Dirce Leite” fez apresentação da peça “O palhaço e a Páscoa”, nos Centros Municipais de Educação Infantil “Mariana Rodrigues, bairro Mappim e no CMEI “Isabel Pinto Campos”, bairro 24 de dezembro. As crianças ficaram encantadas com a encenação e também participaram de alguns momentos da peça teatral. Já a EMEB pioneira na implantação do projeto “Gonçalo Domingos de Campos – Caic”, apresentou a peça sobre a “Paixão de Cristo”, na EMEB “Faustino Antônio da Silva” e ainda nos períodos matutino e vespertino da própria unidade escolar.

De acordo com secretário de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, Sílvio Fidelis, os alunos integrantes do projeto estão mostrando resultados superiores aos de crianças que saem da escola após a aula. “Uma das grandes vantagens do ETA, é a melhora da qualidade do ensino. Quando a criança fica na escola, faz o dever de casa com o acompanhamento do professor, quem está ao lado dessa criança consegue identificar melhor quais são as dificuldades desse aluno e, naquele momento, a criança reforça o aprendizado. Também é uma vantagem para a família, que sabe que o filho está sendo cuidado, que está tendo atividades diferenciadas. Esse pai/mãe não precisa tirar a criança da escola para isso, o que poupa bastante tempo. Além disso, o projeto afasta o risco de a criança se envolver com drogas, de estar em má companhia, e tira da ociosidade, ocupando o tempo com o aprendizado diário”, explica.

O secretário enfatiza ainda que o objetivo do projeto é que a escola vá além das atividades desenvolvidas em sala. “A concepção de educação integral é o município investindo na formação integral do ser humano. Historicamente, a escola privilegiou apenas a dimensão cognitiva da formação do ser e a educação integral vem para reforçar a importância de que a escola invista na educação do ser como um todo. Quando falamos de educação integral é, não só uma jornada ampliada, mas também uma concepção que pressupõe o desenvolvimento integral do ser, ou seja: dimensão cognitiva, dimensão motora, afetiva, artística, estética, filosófica e histórica. Isso pressupõe compreender que o ser humano é um ser global, ele não é fragmentado”.

Várzea Grande está investindo no projeto com a finalidade de estender a mais unidades e que contemple os filhos das classes trabalhadoras de uma forma mais ampla. Uma forma, inclusive, de reduzir evasão, reprovação e o abandono escolar. “O ETA não foi criado e implantado só para tirar as crianças da rua, o foco é o desenvolvimento integral desse estudante, mas é também uma forma de auxiliar as mães trabalhadoras que não têm com quem deixar os filhos. Com a implantação de uma educação como essa, oferecemos, além de uma educação de qualidade, uma tranquilidade a estas mães que sabem onde os filhos estão, enquanto elas trabalham”, ressalta.





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